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A cria na pecuária de corte: segurança e estabilidade, desde que haja eficiência

atualizado em: 27/05/19
Leonardo Canali Canellas

Leonardo Canali Canellas

Médico Veterinário | Ganado Assessoria Agropecuária

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Um sistema de cria eficiente deve fazer com que, no mínimo, 75% das vacas acasaladas no ano anterior desmamem terneiros comercializáveis

A cria é uma etapa ou componente de um sistema, o qual pode envolver outras atividades do ciclo pecuário (recria/engorda) e/ou fazer parte de um arranjo que compartilha a terra com outros cultivos. Pode ser a atividade principal da propriedade ou servir como base de um sistema maior e ainda mais complexo. Independente do posicionamento dentro do sistema, os objetivos mais básicos são: produzir terneiros, terneiras e vacas de descarte. Contudo, existem aspectos a serem observados e referenciais a serem seguidos, de forma que a atividade consiga conviver com o volume e velocidade de produção requeridos atualmente. Daí a importância de dar maior atenção à cria na pecuária de corte.

Visão de estoque

A visão da pecuária como atividade “ocupadora” de espaço ainda existe em algumas situações. Entretanto, são raros os produtores que podem ser dar ao luxo de ter um rebanho imobilizado e produzindo pouco. Baixo custo e grande escala, atualmente, é algo raro de se encontrar. Além disso, com ajustes em processos básicos, é possível obter resultados razoáveis, desde que haja o mínimo de eficiência.

Eficiência do sistema de cria na pecuária de corte

A máxima que diz que a vaca deve produzir “um terneiro por ano” é, na verdade, um critério de seleção. Um sistema de cria eficiente deve fazer com que, no mínimo, 75% das vacas acasaladas no ano anterior desmamem terneiros comercializáveis (mínimo 160 kg). Em um rebanho estável, isto irá gerar o descarte de 25% das fêmeas adultas (somando as vazias do diagnóstico de gestação com as que chegaram ao desmame sem “entregar” terneiro), as quais deverão ser descartadas, preferencialmente gordas. Ainda, sobram para comercialização parte das terneiras produzidas, que não serão necessárias para reposição.

Crescimento do rebanho x eficiência

Os parâmetros de eficiência da cria consideram rebanhos estáveis, nos quais o número de matrizes já atingiu o ponto ótimo. Entretanto, boa parte dos rebanhos está em crescimento, o que confunde o uso dos referenciais e pode trazer prejuízos na eficiência produtiva e financeira, mesmo em sistemas com alta taxa de prenhez e desmame. Isso ocorre porque a forma mais rápida de aumentar o rebanho é retendo vacas vazias, além de incorporar todas as terneiras nascidas. Isso acaba reduzindo receitas, limitando o descarte de fêmeas e diminuindo a pressão por fertilidade, uma das principais ferramentas para aumento da eficiência reprodutiva.

Dimensionamento no tempo e no espaço

Independente do estágio em que se encontra, o rebanho deverá ser dimensionado, por escrito, ao longo dos anos, para estabelecer a demanda alimentar de cada categoria animal. Por fim, é necessário que cada categoria tenha suas demandas específicas atendidas, e que, sobretudo, que os animais “caibam” no campo, confrontando o rebanho projetado com a capacidade de suporte dos pastos. Para este dimensionamento contamos com vasta informação técnica e científica, além da “camperologia” de quem conhece o ambiente de criação.

Limitações e atitudes

O primeiro passo para ter sucesso na cria é reconhecer suas limitações. Quer giro rápido de capital e eficiência de estoque? Faça recria e/ou engorda. Quer estabilidade e baixo risco? Crie, desde que de forma eficiente. E se der para combinar mais de uma atividade, melhor ainda.

Existem vários produtores de grãos optando pela cria em sistemas integrados. Opção inteligente, pois a manutenção de um rebanho “imobilizado” gera, além de uma garantia mínima de produção, um “seguro” no caso de eventuais frustrações de safra. Uma vez ouvi da minha avó: “a vaca empurra o terneiro pra trás e leva o dono pra frente”. Faça suas vacas produzirem terneiros. E saiba o que fazer com as que não produzirem.

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