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Empregos gerados pelas MPEs gaúchas crescem 60% entre 2000 e 2011

atualizado em: 26/02/13

Da Redação

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Neste período, cerca de 470 mil pessoas foram contratadas por empresas de micro e pequeno porte no RS

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470 mil pessoas foram contratadas por empresas de MPEs no RS (Foro: Divulgação)

Porto Alegre – Os pequenos negócios gaúchos – aqueles que faturam no máximo até R$ 3,6 milhões por ano – criaram cerca de 470 mil empregos com carteira assinada entre 2000 e 2011, crescimento que permitiu às MPEs do Estado atingirem a marca de 1.168,7 mil postos de trabalho. Em nível nacional, as MPEs foram responsáveis pela geração de 7 milhões de novos empregos no mesmo período, consolidando-se como as principais empregadoras da economia formal. São 15,6 milhões de postos de trabalho, o que significa que 52% da mão de obra empregada no País está nas micro e pequenas empresas. Os dados constam no Anuário do Trabalho da Micro e Pequena Empresa, elaborado pelo Sebrae em parceria com o Departamento Intersindical  de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).

No RS, o número de estabelecimentos de micro e pequeno porte também aumentou entre 2000 e 2011, passando de 468,6 mil para um total de 606,5 mil empresas. Foram gerados 137,9 mil novos estabelecimentos ao longo deste período. O bom desempenho das MPEs no período analisado teve relevante impacto sobre a economia gaúcha graças à importância das MPEs. Em 2011, elas responderam por 99,4% dos estabelecimentos, 57,8% dos empregos privados não agrícolas formais e por 47,9% da massa de salários. Entre 2000 e 2011, de cada R$100 pagos aos trabalhadores no setor privado não agrícola, R$48, em média, foram pagos por micro e pequenas empresas.

Para o superintendente do SEBRAE/RS, Léo Hainzenreder, fatores socioeconômicos e jurídicos contribuíram para esse cenário positivo do trabalho nos pequenos negócios: a criação da Lei Geral da Micro e Pequena Empresas, do Supersimples – que reduz em média 40% dos impostos das empresas desse porte – e o surgimento do Microempreendedor Individual – que permite a formalização de empresas que faturam, em média, R$ 5 mil por mês. “O fortalecimento da economia brasileira e o crescimento da classe C também foram influenciadores destes índices que destacam os pequenos negócios como grandes geradores de emprego e renda no Brasil”, afirma Hainzenreder.

Além do crescimento dos empregos formais, o período 2000-2011 caracterizou-se por uma breve aproximação das remunerações médias pagas por micro e pequenas empresas e pelos médios e grandes estabelecimentos no Rio Grande do Sul. Nesse período, a remuneração média real dos empregados formais nas micro e pequenas empresas gaúchas cresceu 1,6% a.a., passando de R$ 1.011, em 2000, para R$ 1.204, em 2011

O Anuário do Trabalho tem base em diferentes fontes de informação. O objetivo é reunir um conjunto de dados sobre o perfil e a dinâmica do segmento dos pequenos negócios. A pesquisa utiliza informações da Relação Anual de Informações Sociais (Rais), registro administrativo do Ministério do Trabalho e Emprego, da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), da Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED), do Dieese e da Fundação Seade.

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