Marina Tecnologia vence desafio da expansão comercial com projeto ALI

A startup de Campo Bom participou do Programa ALI (Agente Local de Inovação) para identificar as ações necessárias para alcançar seu objetivo

Mais difícil do que criar um negócio é expandir a sua atuação, principalmente se o projeto incluir expansão para outros mercados. Esse dilema foi enfrentado pela Marina Tecnologia, startup que iniciou suas atividades em 2010 quando foi aprovada na Chamada Pública de Subvenção Econômica do Sebrae RS com o projeto anéis de vedação de perfluorelastomero (FFKM), com elevada resistência térmica e química para a indústria de petróleo. Este projeto foi um passo importante para a nacionalização pioneira da produção das vedações de alta performance.

A empresa fundada por Diana Exenberger Finkler se especializou no desenvolvimento de novos materiais com foco no atendimento de demandas tecnológicas das indústrias de petróleo e química. Ao longo da sua trajetória, recebeu diversos prêmios, como Prêmio Nacional de Inovação da CNI/2012, Prêmio nacional da FINEP de Inovação pequena empresa em 2013 e foi selecionada como uma das startups mais inovadoras do país pela ANPROTEC para apresentar os produtos SILROZ – reutilização do resíduo, obtido ao final do beneficiamento industrial do arroz, em outras aplicações industriais. nos Estados Unidos na Missão Internacional em 2014.

Mesmo com o sucesso do negócio, Diana percebeu que estava dependente de um número pequeno de clientes, embora de grande porte, colocando em risco a sustentabilidade do empreendimento. O novo desafio passou a ser a expansão comercial, aumentando a sua carteira de clientes e conquistando o sonho da internacionalização. A participação no Programa ALI (Agente Local de Inovação) contribuiu para alcançar os objetivos.

“A Marina Tecnologia é uma empresa com viés de inovação em novos materiais e participar do programa foi muito transformador”, afirma a CEO e founder. “O programa contribuiu para a organização da inovação, porque toda a vez que a gente quer inovar precisa ter um processo de gestão muito sólido e consistente. Nós conseguimos construir uma base sólida de gestão, pois foram identificados pontos fortes e fracos e foi gerado um plano de ação para fortalecer as fraquezas e aumentar o potencial de resultados onde já tinham fortalezas”. Diana também destaca o papel da agente local de inovação que a acompanhou, Juliana Bondan, seu nível de excelência e apresentação de cases práticos de sucesso.

Conforme a implantação de cada ação, a empresa foi conquistando resultados positivos e, junto ao Planejamento Estratégico, viu seus indicadores melhorarem além do esperado. A empresa conquistou um aumento de 50% em seu faturamento, manteve a satisfação interna da sua equipe em 95% e reduziu seus custos de produção. O setor comercial foi revigorado com representantes em diversas regiões do país e, assim, a Marina Tecnologia segue em busca de novos desafios na sua jornada de inovação.

Um novo olhar

“É preciso exercitar o olhar da empresa, trazer a inovação para a sua cultura”, afirma a agente local de inovação Camila Costa, que atua na regional Sinos, Caí e Paranhana. Ela destaca que as empresas precisam também de uma palavra de incentivo, principalmente nestes tempos ainda tão difíceis. “O formato online também foi um grande desafio principalmente para as empresas que ainda nem usavam a tecnologia para atender seus clientes”, relata.

Camila conta que é importante mostrar para as empresas que a inovação pode ser em detalhes, não precisa ser algo grande. “O importante é a gestão, o planejamento e a presença digital deve ser levada a sério como ferramenta, para fazer a conexão do físico com o digital”.

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