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Da Redação
Porto Alegre – Os gaúchos estão de olhos abertos para novas oportunidades no mercado e abrindo negócios para atender as necessidades dos consumidores. De acordo com a pesquisa Global Entrepreneurship Monitor (GEM) conduzido pelo Instituto Brasileiro de Qualidade e Produtividade (IBQP) em parceria com o SEBRAE, a cada empreendimento iniciado por necessidade – como desemprego ou complemento de renda – no Estado, dois começam a partir de oportunidades identificadas pelos empresários. No Brasil, esta razão (Oportunidade/Necessidade) é de 1,4. Esta é a primeira vez que a pesquisa, realizada anualmente em âmbito mundial e nacional, apresenta um recorte do Rio Grande do Sul. Minas Gerais e São Paulo também contam com estudos individualizados.
Para chegar aos resultados da pesquisa GEM “Empreendedorismo no Rio Grande do Sul” foram entrevistados 2 mil indivíduos, entre 18 a 64 anos, e 23 especialistas. Como é a primeira edição, os dados são comparados aos resultados nacionais. “O Rio Grande do Sul tem 1,9 milhão de empreendedores entre 18 e 64 anos, atuando principalmente em serviços voltados para o consumidor final, representado por atividades como comércio varejista, serviços de alimentação e bebidas e cabeleireiros”, destaca o diretor-superintendente do SEBRAE RS, Derly Fialho, com base nos dados da pesquisa.
O levantamento também revela que a taxa de empreendedorismo total no RS é mais baixa do que a média nacional, conforme explica o gerente de Gestão Estratégica do SEBRAE RS André Campos. “Enquanto no Brasil, os empreendedores correspondem a 36% da população de 18 a 64 anos, no Rio Grande do Sul esse percentual cai para 26%”, compara. Ter o próprio negócio é o 4ª maior sonho do gaúcho (19,4%), de acordo com a GEM, superando “Ter um diploma de ensino superior” (17,8%) e “Fazer carreira em uma empresa” (14,9%).
A análise mais aprofundada dos dados permite identificar outras características de quem decide começar um negócio no Estado. Mais da metade (53%) dos empreendedores iniciais no Rio Grande do Sul tem até 34 anos e, para a maioria (55%), o medo do fracasso não é impeditivo para iniciar um negócio. No quesito escolaridade, o levantamento demonstra que 25,8% do total dos empreendedores gaúchos possui apenas ensino fundamental ou ensino médio incompleto. Apesar da pouca escolaridade, 47% dos entrevistados afirma ter conhecimento, habilidade e experiência para iniciar um novo negócio.
O estudo também ouviu especialistas gaúchos que apontaram as condições necessárias para abrir e manter um novo empreendimento no Estado. Para a grande maioria, 87%, o desenvolvimento de políticas públicas e programas de fortalecimento ao empreendedorismo são prioritários. Outros pontos relevantes são os investimentos em educação/capacitação e apoio financeiro (30,4%), além de pesquisa e desenvolvimento (13,4%).
A pesquisa também revela cautela para abrir uma empresa. Menos de 40% dos entrevistados identificam boas oportunidades para começar um empreendimento nos próximos meses. “O cenário atual do Estado e do País não parecem favoráveis, mas é nos momentos de dificuldade que o empreendedorismo se fortalece e o papel do SEBRAE RS é justamente contribuir para um ambiente favorável para os novos e pequenos negócios”, destaca Derly Fialho.
Clique aqui e acesse o estudo completo.
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