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Mesa-redonda na Mercopar tratará da Economia Verde

atualizado em: 01/10/12

Da Redação

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Caxias do Sul – Entre os eventos paralelos da 21ª edição da Mercopar, que acontece de 2 a 5 de outubro em Caxias do Sul, a mesa-redonda programada para o dia 4, a partir das 17h30min, promete chamar a atenção dos expositores e visitantes da Feira de Subcontratação e Inovação Industrial.
 
O Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Rio Grande do Sul (Sebrae-RS) em parceria com a Fundação Proamb, de Bento Gonçalves, reunirá o engenheiro, estrategista e escritor carioca Fernando Almeida, e o economista e professor paulista Ricardo Abramovay, com mediação do jornalista gaúcho Affonso Ritter. Antes da interação com o público, Almeida falará sobre o tema Produção mais Limpa no Contexto da Sustentabilidade. Já Abramovay terá como título de sua palestra Muito além da Economia Verde. Acompanhe uma prévia do que Abramovay irá abordar durante a mesa-redonda.
 
Proamb – Durante a Rio + 20, o conceito de Economia Verde foi mais ampla e abrangentemente trabalhado. Mas a definição não necessariamente tenha ficado clara para o grande público. Como o senhor define Economia Verde?
Ricardo Abramovay – A definição das Nações Unidas é importante e diz que Economia Verde é a que melhora o bem-estar humano e a equidade social reduzindo os riscos ecológicos. Ela se compõe de três dimensões básicas: mudança na matriz energética em direção a fontes renováveis, melhora no uso dos materiais e da energia e, enfim, transição da economia da destruição para a economia do conhecimento da natureza, com aproveitamento sustentável da biodiversidade dos principais biomas.
 
Proamb – Por que o senhor preconiza, em seu último livro que se vá “Muito Além da Economia Verde”?
Abramovay – Porque, embora muito importantes, as mudanças tecnológicas da Economia Verde são insuficientes para compatibilizar o tamanho do sistema econômico global com os limites dos ecossistemas. O que é necessário enfatizar são duas coisas. Em primeiro lugar, as desigualdades no mundo de hoje deixaram de ser uma questão apenas ética e converteram-se em um obstáculo material para a continuidade do sucesso recente na luta contra a pobreza. Se não forem reduzidas seriamente as desigualdades, não haverá materiais, energia ou espaço carbono para que as necessidades básicas dos mais pobres sejam alcançadas. Isso exige, segundo aspecto, que se repense o próprio sentido, os propósitos, da vida econômica. As sociedades contemporâneas exigem do sistema econômico que ele produza reais utilidades, bens e serviços capazes de melhorar o bem-estar. Os exemplos dos automóveis e da agroindústria alimentar são usados no livro para ilustrar casos em que nem sempre o aumento da riqueza corresponde a verdadeiros ganhos de prosperidade para a sociedade.
 
Proamb – Como o Brasil se situa diante da sustentabilidade? Estamos preparados ou já no rumo do desenvolvimento sustentável? Internacionalmente nossa economia ganhou contornos mais sólidos, mas na verdade, em que pé estamos?
Abramovay – Por um lado, tivemos importante redução no desmatamento na Amazônia (mas não no Cerrado, nem na Caatinga) nos últimos anos. Além disso, a Lei dos Resíduos Sólidos é uma sinalização muito positiva. O etanol e a hidroeletricidade fazem do Brasil um dos países de matriz energética menos suja do mundo. Por outro, porém, as ameaças que o projeto de novo Código Florestal faz pesar sobre nossa biodiversidade e nossa água são imensas. Além disso, nossas cidades são, cada vez mais, o avesso do que intuitivamente se pode entender por desenvolvimento sustentável. Nosso progresso no uso mais racional de materiais e de energia é precário. E o país passa por um processo de reprimarização de sua economia que o afasta da economia do conhecimento e, portanto, do desenvolvimento sustentável.
 
Proamb – O evento do Sebrae é direcionado principalmente às micro e pequenas empresas. Como essa parcela da economia está e poderá trabalhar a sustentabilidade de forma efetiva?
Abramovay – Por um lado, há um trabalho educativo a ser feito com cada padaria, cada oficina mecânica e cada estabelecimento comercial em torno de práticas acessíveis que se referem ao reuso, à reciclagem e ao menor emprego de materiais. Mas o essencial é que as cadeias de valor das grandes empresas vão tornar-se cada vez mais exigentes sob o ângulo socioambiental e isso pode representar tanto ameaça como oportunidade para as micro e pequenas empresas. Nas condições brasileiras, as chances de fazer transformar o objetivo do desenvolvimento sustentável em fontes de ganhos para o setor privado são imensas, embora as oportunidades de lucro vindas de práticas predatórias ainda existam de forma majoritária. A batalha consiste exatamente em criar as condições para reverter esse quadro e favorecer as empresas e os setores capazes de fazer emergir uma relação construtiva e regeneradora entre a sociedade e os recursos ecossistêmicos dos quais ela depende.
 
A Mercopar envolve empresas de vários setores, entre eles os de Automação Industrial, Borracha, Eletroeletrônico, Energia e Meio Ambiente, Metalmecânico, Movimentação e Armazenagem de Materiais, Plástico, e Serviços Industriais. O evento é realizado pelo Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Rio Grande do Sul (Sebrae/RS) e pela Hannover Fairs Sulamerica, empresa do Grupo Deutsche Messe AG, no Centro de Feiras e Eventos da Festa da Uva, em Caxias do Sul. Mais informações podem ser obtidas pelo site www.mercopar.com.br.
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