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Da Redação
Porto Alegre – É possível viver de arte. A economia criativa também pode ser vista como negócio. Um projeto do SEBRAE/RS aponta os caminhos da gestão para músicos, designers, arquitetos e estilistas. Para apontar as tendências do segmento, a primeira atividade do ano será uma oficina gratuita sobre o Mapeamento da Economia Criativa do Estado. Os encontros serão realizados nos dias 19 e 21 de janeiro, das 14h às 19h, na sede da Regional Metropolitana do SEBRAE, localizada na Rua General João Manoel, 282, no Centro de Porto Alegre. A iniciativa está com vagas abertas e as inscrições podem ser feitas pelos telefones (51) 3213-1538 e (51) 3213-1522.
A gestora de projetos do SEBRAE/RS, Lucimara Miceli Pereira, conta que normalmente as pessoas que atuam em áreas intelectuais não vêem suas atividades como negócio. “Muitas vezes, esses empresários se percebem como artistas, têm foco em suas produções e não analisam o mercado”, observa. O projeto Economia Criativa nasceu no ano passado para suprir essa carência. “O objetivo é reconhecer o processo de criação como uma ferramenta empreendedora e o seu impacto na economia global, compreendendo os processos de gestão e qualificação empresarial para adotar uma postura inovadora e gerar diferenciais competitivos”, define a gestora.
Ao longo de um ano, os participantes têm contato com soluções como oficinas, workshops, cursos e consultorias individuais com temas que vão desde a análise de carreira, passando por planejamento, indicadores de desempenho do negócio e acesso a mercado. “Desde o primeiro momento, quando um músico cria uma obra, ele já está trabalhando e essas horas dedicadas à produção precisam ser contabilizadas no custo. Essa percepção e outras ferramentas para valorizar a atividade criativa são ensinadas aos participantes do projeto”, exemplifica Lucimara.
Economia colaborativa
A Marquise 51, gravadora e produtora musical de Porto Alegre, é uma das integrantes do grupo. As atividades da empresa estão sendo revolucionadas com os toques de gestão apreendidos com o projeto. O sócio Rafael Lau conta que eles dividem espaço com diversos empreendimentos da área artística, como produtora de audiovisual e de vendas de shows. “Com o SEBRAE/RS descobrimos que poderíamos nos tornar um hub criativo, conectando profissionais e empresas de forma colaborativa”, relata.
A produtora que trabalha com ícones do rock gaúcho, como Replicantes, Tenente Cascavel (da junção das bandas TNT e Cascaveletes) e Acústicos e Valvulados e com revelações como Cartolas e Identidade, descobriu em uma empresa que comercializa shows e divide o mesmo espaço uma forma de alavancar a visibilidade e a agenda dos grupos. Com um negócio de audiovisuais, também no mesmo endereço, trabalha para criar video-clips e outras produções para seus artistas. E com a produtora de elaboração de projetos está buscando formas de alavancar patrocínios para seus clientes e também captando profissionais de outras áreas, como literatura e artes visuais. “Estão surgindo parcerias para estimular a economia criativa como um todo e beneficiar não só a Marquise, como outras empresas do segmento”, constata Lau.
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