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Da Redação
Porto Alegre – Antropólogo, empreendedor e sócio da Consumoteca, empresa especializada em antropologia do consumo, Michel Alcoforado, realiza pesquisas sobre o perfil de consumo dos brasileiros. Até aí nada demais. Porém, Alcoforado não se contenta apenas com análises tradicionais. Para obter dados que se aproximam ao máximo da realidade das pessoas, ele utiliza a experiência de consumo das colaboradoras domésticas de suas casas no Rio de Janeiro e em São Paulo. A ‘técnica’ utilizada pelo professor foi apresentada em Porto Alegre, na quinta-feira, para cerca de 300 empreendedores de 18 estados brasileiros no Enacen, 7º Encontro Nacional de Centrais de Redes de Negócios, promovido pelo SEBRAE/RS, em Porto Alegre.
Para o mestre em antropologia, mudanças como o aumento do poder de compra da população, da escolaridade e do acesso facilitado às tecnologias impede que o empresário de hoje olhe para o consumidor dentro das antigas caixinhas. “E a crise? Sim, ela atrapalhou, e muito, o movimento de ascensão das classes, mas essa transformação é mais que econômica. Quem já experimentou uma Moët & Chandon não volta a tomar Sidra. E se não dá para ir ao restaurante como na época de vacas gordas, as pessoas comem salmão e tomam vinho em casa, apenas adaptando hábitos de consumo já consolidados”, disse.
No início deste texto, falou-se que Michel Alcoforado tem também como referência de análise suas colaboradoras e famílias. E é verdade. Sua funcionária de São Paulo, por exemplo, desde que comprou um smartphone consegue ter acesso a informações que há 20 anos era restrito a pessoas ‘bem-nascidas’. “Até o cabelo dela mudou, porque pesquisando em blogs descobriu produtos específicos para a beleza negra; Nas redes sociais ela segue revistas e jornais internacionais e ainda sugere dicas de decoração para minha mãe. Isso, pouco tempo atrás, era inimaginável”, comentou. A outra colaboradora, do Rio de Janeiro, mandou a filha estudar no Canadá. “Mais esperta do que eu, que também estudei no Canadá, a jovem conheceu um local e casou-se. A mãe e o pai fizeram passaporte, pagaram as passagens à vista e ainda levaram 2 mil dólares de presente para a filha. E os bancos tradicionais não querem dar crédito para ela. Quem está errado?”, questionou o antropólogo.
Outro exemplo trazido pelo palestrante é o da Rosane Biju, uma camelô da 25 de Março, em São Paulo, que tem sua banca de bijuterias apenas para mostruário porque as vendas ela faz pelo Instagram com a possibilidade de pagamento com cartão de crédito. “Então, com todas estas facilidades, como posso gerar relevância na vida do consumidor?”. Segundo Alcoforado, o primeiro aspecto que o empresário deve levar em conta é: meus produtos e serviços resolvem dilemas culturais das pessoas? “Com todas estas mudanças profundas de relacionamento está muito confuso entender o que as pessoas querem, mas se conseguirmos olhar o nosso próprio negócio pelas lentes dos consumidores, a chance de sucesso é grande”, finalizou.
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