Conheça o crowdfunding: uma nova forma de captar investimentos

Financiamento coletivo serve como alternativa para startups e investidores

A nova forma de investir chamada de crowdfunding – ou investimento coletivo -, tem sido uma ótima alternativa para as startups que buscam aquele aporte financeiro, podendo mudar o rumo da empresa. A ideia consiste na obtenção de capital para iniciativas de interesse coletivo, agregando múltiplas fontes de financiamento.

“Para a startup, é uma ótima oportunidade para sair dos fundos de investimentos mais tradicionais. Pelo valor poder ser mais flexível, acaba sendo uma chance para a empresa buscar um aporte financeiro num espaço em que se torna mais acessível para obtenção desse recurso”, comenta a coordenadora de startups do Sebrae RS, Debora Chagas.

É o que está fazendo a Inbeauty, especializada em nutricosmético. Parceira do Sebrae RS, a startup está com um financiamento coletivo de R$ R$ 700.000,00 (10% da empresa) aberto na plataforma da CapTable. O Valor de cada cota custa R$ 1.000,00 e o prazo para investir é até 10 de outubro. Até agora, 38 pessoas já compraram cotas desta empresa.

Como investir
O que tem cada vez mais atraído investidores de pequeno porte são as facilidades dessa modalidade de investimento. Para tornar-se um investidor, por exemplo, é preciso ter apenas um CPF ativo, mas a orientação é que se invista até 10% do patrimônio financeiro ou ingressos anuais brutos, que representa a soma de todas as rendas. Os ganhos dependem de cada caso, mas podem ser recuperados em pouco tempo.

No Brasil, empresas como Catarse.me e o Vakinha.com.br surgiram com o propósito de fazer financiamentos coletivos, mas se concentraram em causas e iniciativas de pessoas físicas e de organizações não governamentais. A CapTable é uma dessas empresas especializadas em crowdfunding com o foco em startups. No site (www.captable.com.br) há um passo-a-passo detalhando cada etapa do processo: escolha das empresas, definição do valor, criação de um cadastro, e transferência dos recursos via TED ou DOC. Após, a captação é concluída. “Queremos dar ao pequeno investidor a possibilidade de se tornar sócio de empresas iniciantes, mas promissoras”, destaca o fundador da CapTable, Paulo Deitos.

Os contratos dos investidores com as startups oferecidos pela CapTable têm validade de cinco anos. Depois disso, o investidor pode decidir virar sócio ou receber os eventuais lucros. E ainda é possível acompanhar mensalmente os resultados das empresas através de painel do projeto e, neste período, caso a empresa seja adquirida, é possível receber o percentual relativo ao valor da venda.

Através da plataforma, a Eirene Solutions, recentemente participou de um financiamento coletivo, captando R$ 750 mil em pouco mais de um mês. Foram 224 investidores na startup. A empresa especializada em pulverização que criou um sistema chamado de SaveFarm, acoplado em pulverizadores tradicionais com análise de imagens e emissão de raios ultravermelhos. O sistema identifica o tamanho da planta e pulveriza apenas onde há necessidade, gerando uma economia de 50% a 95% em todas as etapas da pulverização.

Apesar de um futuro promissor como a Eirene, nem todas as empresas têm o mesmo desempenho. Portanto, é importante lembrar que – na experiência de investimento- nem todas vão gerar lucro. Uma recomendação, segundo Deitos, é diversificar a carteira, na expectativa de que o retorno certeiro de um negócio possa compensar possíveis perdas em outras apostas.

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