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Da Redação
Pelotas – A nona edição do Encontro MPE Grande do Sul reuniu cerca de 60 lideranças empresariais da região Sul do Estado, no Jaques George Tower Hotel, em Pelotas, nesta quarta-feira, dia 5 de setembro. A iniciativa, que debate as necessidades e potencialidades das micro e pequenas empresas gaúchas, teve mais uma significativa contribuição de parte dos participantes, a exemplo do que já ocorreu em outras regiões gaúchas, com a indicação de caminhos para o desenvolvimento dos pequenos negócios regionais. O material construído pelos líderes locais servirá de subsídio para a radiografia que o Sebrae/RS está montando para indicar aos futuros administradores municipais como implementar políticas públicas que possam incrementar os empreendimentos de pequeno porte.
Para os empresários e empreendedores da zona Sul, o crescimento das MPEs regionais é um fator fundamental de desenvolvimento dos municípios da região. Mesmo que exista uma expectativa significativa com os investimentos que estão sendo feitos nos setores naval e de petróleo na região Sul, os participantes do Encontro MPE Grande do Sul entendem que é necessário, de parte dos executivos municipais, um forte incentivo aos pequenos negócios.
Nesta seara, eles seguiram os caminhos apontados nos outros encontros realizados pelo Estado, especialmente no que se refere a um forte impulso para a abertura de novas empresas, mais facilidade de acesso ao crédito para os empreendimentos já estabelecidos, a implementação da Lei Geral das MPEs, especialmente no que diz respeito à desburocratização de registro e de fechamento das empresas, e na priorização nas Compras Governamentais de até R$ 80 mil. Outro ponto que esteve na pauta de todos as reuniões promovidas pelo Sebrae/RS, e se manteve em Pelotas, tem foco na preocupação das micro e pequenas empresas em buscar o desenvolvimento econômico aliado a um modelo de sustentabilidade.
O superintendente do Sebrae/RS, Léo Hainzenreder, destacou a expressiva participação das lideranças locais no evento, falando do estímulo que eles dão à instituição na continuidade deste processo de construção de “um documento fundamental para orientar ações futuras em todos os municípios com foco no desenvolvimento das micro e pequenas empresas gaúchas”. Ele lembrou que “a radiografia que o Sebrae/RS fará até setembro, por meio de dez encontros, será apresentada no dia 4 de dezembro, em Porto Alegre, no Fórum de Gestão Pública, e, posteriormente, entregue aos 497 prefeitos que iniciarão seus mandatos em 1º de janeiro de 2013”.
Hainzenreder voltou a lembrar que as MPEs representam 99% das empresas formais no Brasil, “mas são responsáveis por apenas 20% do Produto Interno Bruto nacional. Por isso, devem investir em qualificação da mão-de-obra, em inovação e modernas práticas de gestão, no planejamento estratégico e buscar a profissionalização continuada para ampliar o seu percentual de participação no PIB”.
O Sebrae/RS e as MPEs
Léo Hainzenreder apresentou para as lideranças regionais locais a visão do Sebrae/RS sobre as MPEs e o desenvolvimento local e regional. Ele destacou que, hoje, o Sebrae/RS tem como público-alvo mais de 1 milhão e 100 mil empreendimentos formais no Rio Grande do Sul, englobando micro e pequenas empresas, empreendedores individuais e produtores rurais. “Na Região Sul, temos um público potencial de 113 mil empreendimentos formais, para o qual ofertarmos diversas iniciativas, como gestão empresarial,incentivo a busca pela inovação e tecnologia, acesso a mercados, orientação ao crédito, o fomento ao empreendedorismo e impulso a políticas públicas que criem um ambiente econômico favorável ao crescimento dos pequenos negócios”, afirmou o superintendente.
Hainzenreder falou sobre ações importantes que o Sebrae/RS coloca em pratica para impulsionar o desenvolvimento das micro e pequenas empresas gaúchas.”Temos o Programa Negócio a Negócio, que visa a melhoria da gestão das micro empresas e dos empreendedores individuais e que deverá atender a mais de 45 mil negócios deste porte em 2012. Com o SebraeTec e o Programa Agentes Locais de Inovação, estamos levando às MPEs a consciência do quanto é importante buscar processos inovadores. O Programa Sebrae 2014 nos permite mostrar aos pequenos negócios gaúchos como usufruir da série de oportunidades que serão geradas no Estado com a Copa do Mundo de 2014″, falou.
O dirigente ainda lembrou de iniciativas como o Sebrae Mais, o Sebrae nos Territórios da Cidadania, o importante trabalho de sensibilização realizado na regulamentação e da implementação da Lei Geral das MPEs nos municípios gaúchos, e o Programa Fornecer, realizado em parceria com o Governo Estadual, abrindo novas e boas perspectivas para os empreendimentos de pequeno porte em relação às compras governamentais.
Cenários econômicos
Coube ao economista e consultor do Sebrae/RS Eduardo Starosta apresentar o cenário econômico da região em comparação ao Rio Grande do Sul e ao Brasil. Ele traçou um paralelo entre o crescimento econômico brasileiro, gaúcho e da região Sul, mostrando que a economia local tem oscilações mais intensas, mas predominantemente convergentes com a gaúcha. “O crescimento econômico médio regional vem sendo superior aos padrões gaúcho e brasileiro”, salientou. Segundo Starosta, o avanço em questão e ainda mais intenso por conta do inicio das atividades do Polo Naval do Rio Grande, cujos efeitos sociais e econômicos ainda não foram devidamente contabilizados pelas estatísticas oficiais.
O consultor lembrou que a o setor Agropecuário do Planalto é responsável por 13,02% do PIB regional e 13% do PIB estadual. Tem como destaques produtivos o arroz, cebola, pêssego, rebanhos bovinos, equino, suíno e lã. “O setor tem uma dinâmica de expansão inferior à gaúcha, mas superior à brasileira”, acrescentou Starosta.
Na área industrial, a região tem uma dinâmica de crescimento ainda fortemente vinculada ao resultado da agricultura. Esse perfil começou a mudar bem 2010, com o inicio das atividades do polo naval. Representando cerca de 21% do PIB regional e aproximadamente 6,1% do PIB estadual, a indústria da Região Sul cresce em um ritmo superior a gaúcha e superior à brasileira. Rio Grande, Pelotas e Camaqua são os maiores polos industriais da região, concentrando 83% do PIB das fábricas. Na ultima década, em termos de dinâmica de crescimento, os líderes foram os municípios de Tavares e São Jose do Norte, onde o Produto Interno Bruto industrial ao menos duplicou no período.
No setor de comércio e serviços verifica-se uma dinâmica diferenciada do padrão gaúcho. O setor responde por cerca de 51% do PIB regional e vem crescendo em ritmo superior à média gaúcha e brasileira. As exportações da região, mesmo sendo oscilantes, tem tendência de expansão. Representando em 2011, 14% das vendas internacionais do Rio Grande do Sul, a exportação da Região Sul cresce em patamares superiores ao gaúcho. Os principais produtos exportados são soja e derivados, carnes, arroz, adubos, lenha e centrifugadores.
Em termo de empregabilidade, em 2010 a região ultrapassou o patamar de 19 mil empresas. O número é significativo, mas também reflete queda de participação no contexto gaúcho. A dinâmica de evolução empresarial da região, mesmo positiva, é um ponto critico regional. A Região Sul conta com a média de uma empresa para cada 50 habitantes.
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