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Da Redação
Pelotas – A cidade que é sinônimo de doce está se transformando em uma marca registrada graças à indicação geográfica, um certificado que atesta a identidade e a qualidade das delícias produzidas em Pelotas. Para ampliar o alcance desse selo de procedência, as doceiras da cidade estão sendo capacitadas com o objetivo de alcançar a certificação até a Fenadoce de 2017. A iniciativa une SEBRAE/RS, Associação de Produtores de Doces de Pelotas e Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) do município.
Ao todo, 11 doceiras estão mobilizadas em receber e manter essa credencial. Quatro empresas já possuem a Indicação de Procedência dos Doces de Pelotas para seus produtos. “As indústrias de doces passaram por um diagnóstico e estão recebendo consultorias para se adequarem à legislação e aos critérios de produção dos doces com Indicação Geográfica de acordo com o regulamento técnico de produção dos doces tradicionais”, informa Jussara Cruz Argoud, gestora do projeto Qualificar os Serviços de Alimentação Fora do Lar – Polo Gastronômico de Pelotas do SEBRAE/RS.
Conquistar um selo de origem, como ocorre com a champagne francesa e os charutos cubanos, por exemplo, têm estimulado a qualificação das produtoras de doce da cidade. O Polo de Doces de Pelotas, conduzido pelo SEBRAE/RS desde 2006, hoje denominado Associação de Produtores de Pelotas, tem o objetivo de fortalecer o setor, proteger o legado das receitas de doces tradicionais e estimular a inovação e o desenvolvimento das empresas.
O processo de qualificação é gradual, mas o objetivo é chegar a todas as doceiras da cidade. “Este ano, só poderão expor na Fenadoce as produtoras de doces com alvará da Vigilância Sanitária. Em 2017, estarão na feira apenas doces tradicionais certificados”, comenta Adilson Lucas Buroxid, gerente-executivo da CDL. “Depois, a meta é estender a qualificação para que toda a comunidade, além do evento, comercialize doces com o certificado de origem de Pelotas.
Doces resultados
Uma das pioneiras nessa trajetória é a empresária Maria Helena Lubke, diretora da Imperatriz Doces Finos, fundada há 18 anos. A empresa conquistou a certificação de origem em 2012 e segue investindo em qualificação. “Desde o início, participei dos projetos do SEBRAE/RS. É um trabalho de formiguinha em busca do reconhecimento por parte dos clientes”, avalia. Mas o esforço compensa. Os doces da Imperatiz ultrapassaram as divisas do Estado e levam a identidade de Pelotas para Santa Catarina e São Paulo. “Desde que conquistamos a identificação de origem, a produção triplicou”, comemora Maria Helena.
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