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Da Redação
São Paulo – O dólar voltou a fechar em alta nesta terça-feira (26/06), no quinto dia seguido de valorização da moeda norte-americana frente ao real. O Banco Central chegou a anunciar que realizará, na quarta, um leilão de swap cambial (que funciona como uma venda futura de dólares), mas os mercados não reagiram. Com isso, a moeda terminou o dia com ganho de 0,31%, a R$ 2,0724. Em cinco dias, a moeda acumula alta de 2,21%.
De acordo com analistas, o mercado não reagiu ao anúncio e manteve o movimento de ganhos porque os investidores aguardam o resultado do leilão.
“Como será amanhã (o leilão), os investidores vão aguardar para ver o resultado”, afirmou o estrategista-chefe do banco WestLB, Luciano Rostagno. Segundo ele, o BC voltou a intervir nesta sessão porque o mercado doméstico estava descolado do movimento da moeda norte-americana no exterior.
Rostagno acredita que a aproximação do dólar do patamar de R$ 2,10 também pode ter influenciado o anúncio do BC, já que em dias anteriores o BC mostrou desconforto com tal nível. Antes do anúncio, agentes de mercado chamavam a atenção para possíveis movimentos especulativos no câmbio, uma vez que a moeda norte-americana descolava-se da cena externa.
“Os investidores sempre tentam testar patamares de entrada do BC (no mercado de câmbio)”, afirmou o gerente da mesa financeira da H.Commcor, Luiz Henrique de Paula.
Além desse fator, Rostagno, do WestLB, destacou que os investidores continuavam cautelosos por causa das incertezas em relação à Europa antes da cúpula dos líderes da União Europeia (UE) na quinta e sexta-feira.
“O mercado continua em compasso de espera para ver o que vai acontecer na reunião dos líderes europeus”, afirmou o estrategista-chefe. “Isso deixa os investidores cautelosos em relação aos desdobramentos da crise europeia”, emendou.
Rostagno acrescentou ainda que a moeda brasileira sobre com a certa perda de atratividade do Brasil para os investidores estrangeiros, diante da continuidade da perspectiva de redução da taxa básica de juros – hoje em 8,50% ao ano – e também de dados ruins, como os de inadimplência que foram divulgados mais cedo.
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