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Da Redação
O número de Empresas Simples de Crédito (ESC) cresceu oito vezes em um ano. Esse é o dado revelado por um levantamento do Sebrae, que apontou ainda que essas instituições tendem a trabalhar mais com a Microempresa (ME) e com o Microempreendedor Individual (MEI). O levantamento mostrou também um aumento do número médio de operações, ao mesmo tempo em que caiu o valor médio dos empréstimos, de R$ 27 mil para R$ 23 mil. Conforme o levantamento, a principal vantagem apontada para as ESC é o fato de trabalharem com garantias reais, o que não acontecem com as factorings.
O levantamento do Sebrae identificou, no último dia 12 de maio, a existência de 658 empresas ESC no país, número oito vezes superior ao registrado em abril de 2019. A pesquisa apontou para um aumento do número médio de operações feitas por essas empresas, subindo de uma para 11, em média. Apesar disso, o prazo médio dos empréstimos se manteve praticamente inalterado, em 10 meses. A taxa de juros cobrada, que estava em torno de 3,9% ao mês, teve uma elevação para 4,7%, conforme a amostragem. O levantamento do Sebrae revelou também que as empresas, neste primeiro ano de criação, estão partindo para a modernização. Nesse contexto, subiu de 45% para 57% a proporção das ESC que utilizam sistemas informatizados na gestão e controle de suas operações.
“Podemos arriscar que o crescimento da ESC, diante deste cenário de crise sem precedentes, será ainda maior neste ano. A Empresa Simples de Crédito democratiza e facilita o acesso a financiamentos, tão essenciais para manter os pequenos negócios vivos durante a pandemia do coronavírus”, analisa o presidente do Sebrae, Carlos Melles.
O trabalho feito pelo Sebrae também buscou traçar um perfil dos proprietários de ESC, mostrando que ¾ deles tiveram o contato inicial com o tema por meio da mídia ou já trabalhavam no ramo. A pesquisa identificou que passou de 66% para 86% a proporção de donos de Empresas Simples de Crédito que têm ou já tiveram outra atividade empresarial no ramo. Os entrevistados avaliaram que a principal vantagem da ESC é poder trabalhar com garantias reais; enquanto o principal obstáculo é a sua atuação limitada ao município e entorno, o que não ocorre com bancos e factoring. O levantamento mostrou também que, em cada 10 donos de ESC, cinco participaram de algum evento sobre o segmento em 2019 e nove têm interesse em fazer cursos ou palestras sobre o tema.
Hoje, a ação mais demandada pelo segmento é a criação de um sistema de gestão para ajudar a gerir essa nova modalidade de empresas. A pesquisa do Sebrae, feita via web, mostrou que passou de 51% para 57% a proporção de ESC que atuam como limitadas (Ltda).
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