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Da Redação
Quase 60% das empreendedoras gaúchas têm entre 30 e 49 anos, 84% se autodeclaram brancas e 59% possuem ensino superior completo ou pós-graduação. Além disso, 37% das mulheres empresárias são as únicas responsáveis pelo sustento da família, enquanto 76% têm filhos, com uma média de dois filhos por empreendedora.
Os dados fazem parte da Pesquisa sobre o Empreendedorismo Feminino, realizada pelo Sebrae RS entre os dias 16 de janeiro e 16 de fevereiro de 2025, e que traçou um panorama detalhado sobre os perfis, desafios e oportunidades vivenciadas por mulheres empresárias no Rio Grande do Sul.
A pesquisa, realizada com 449 empreendedoras, apresenta análises valiosas que podem servir de base para o desenvolvimento de políticas e estratégias de inclusão e crescimento do setor. Segundo Susana Ströher, gestora do Sebrae Delas no Rio Grande do Sul, o estudo reforça a importância de políticas de incentivo ao empreendedorismo feminino e aponta caminhos para fortalecer esse segmento. A análise detalhada dos desafios e conquistas dessas mulheres contribuirá, segundo Ströher, para um ecossistema empresarial mais inclusivo, dinâmico e igualitário.
“O empreendedorismo feminino vai além das mulheres que empreendem. Ele impacta diretamente o desenvolvimento dos negócios, a promoção da igualdade de direitos e, consequentemente, o crescimento social e econômico. Ao fortalecer a presença feminina no mercado, não estamos apenas criando oportunidades para essas empreendedoras, mas também impulsionando a inovação, a geração de empregos e a construção de um ambiente empresarial mais diverso e inclusivo. Empreender, para muitas mulheres, é um caminho para superar desafios estruturais, conquistar espaço e contribuir ativamente para a economia.”
Cenário dos negócios
A pesquisa identificou que 79% das empreendedoras atuam no setor de comércio e serviços, sendo 46% delas classificadas como Micro Empreendedora Individual (MEI). O rendimento médio mensal é de R$ 16,6 mil e 34% dos negócios possuem até cinco anos de existência. Os principais setores de atuação incluem moda, alimentos e bebidas, saúde e bem-estar, educação e tecnologia da informação.
Motivação para empreender e Rede de apoio
Dentre os motivos que levaram essas mulheres ao empreendedorismo, 35% afirmaram que queriam trabalhar com o que gostam, enquanto 30% identificaram uma oportunidade de negócio.
Já para 62% das entrevistadas, o apoio de familiares e amigos foi essencial na hora de abrir o negócio, enquanto 30% contaram apenas com seus próprios esforços. Por fim, a internet é o principal canal de busca de informações para 58% delas, seguida por outros empreendedores (39%) e pelo Sebrae (27%).
Principais Desafios
A gestão administrativa e financeira é apontada como o maior desafio para 47% das empreendedoras, seguida pela divulgação e vendas (40%), busca de capital de giro (40%) e planejamento do negócio (33%). No quesito digitalização, ferramentas como WhatsApp, Instagram, Facebook e e-mail são as mais utilizadas para operações comerciais e interação com clientes.
“Analisando a pesquisa de 2025, percebemos que é essencial fortalecer o apoio em gestão financeira e digitalização, dois dos principais desafios apontados. O incentivo ao associativismo e networking pode ajudar a superar barreiras estruturais e fortalecer a rede de mulheres empreendedoras. O Sebrae Delas tem um papel fundamental para ampliar o acesso das mulheres as competências socioemocionais, conhecimento técnico, acesso a crédito e redes de associativismo”, explica Susana.
A pesquisa revelou um baixo uso de crédito por parte das empreendedoras: apenas 42% buscaram financiamento no último ano. O valor médio obtido foi de R$ 71,5 mil, demonstrando que muitas ainda encontram barreiras para acessar recursos financeiros.
Expectativas para 2025
Enquanto 37% das entrevistadas consideraram que 2024 foi melhor para os negócios do que 2023, outros 37% apontaram um desempenho pior. No entanto, 64% pretendem expandir suas atividades em 2025 e 60% planejam investir em marketing, novos produtos, atendimento e estrutura física.
Infelizmente, a jornada empreendedora feminina ainda enfrenta desafios sociais significativos. Cerca de 42% das entrevistadas relataram ter sofrido preconceito ou atitudes discriminatórias no ambiente de negócios, e 29% afirmaram que essas situações impactaram negativamente seus empreendimentos.
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