Mais buscados: Mei CREDITO Sei boas Praticas CONSULTORIA
Da Redação
O empreendedorismo no Brasil ainda é uma atividade profundamente marcada pela informalidade. Dados do IBGE apontam que dos 28,4 milhões de donos de negócio no país, cerca de 2/3 afirma não possuir CNPJ. Estudo inédito do Sebrae, com base na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD/IBGE), mostra que essa informalidade é determinada por aspectos estruturais, em especial o nível de escolaridade. O nível de formalização dos donos de negócio brasileiros cresce com o nível de escolaridade. Empreendedores que têm nível superior apresentam um nível de formalização quase 20 vezes superior ao daqueles sem instrução (57% x 3%). O estudo do Sebrae chama atenção para um outro dado extremamente relevante, que é a disparidade quanto à raça dos empreendedores. Donos de negócio brancos têm o dobro da formalização dos negros (40% x 19%).
A análise feita pelo Sebrae revelou que a formalização dos negócios no Brasil (existência do CNPJ) tem um perfil bastante específico, sendo maior entre os indivíduos que são empregadores, brancos, com nível superior e estão localizados nas regiões Sul e Sudeste. Ainda segundo o estudo, a maior concentração de empreendedores formais pode ser encontrada entre os que trabalham mais de 49 horas por semana no próprio negócio, ganham acima de 5 SM, estão há mais de 2 anos na atividade atual, possuem mais sócios e mais empregados e cujos empreendimentos estão no comércio (principalmente em local fixo).
Em contrapartida, a informalidade é maior entre os indivíduos que trabalham por conta própria, negros e com baixa escolaridade. Eles trabalham poucas horas por semana no negócio, ganham baixo rendimento e atuam sem sócios e sem empregados. Também apresentam alto nível de informalidade os empreendedores que estão no máximo há 1 mês na ocupação atual, trabalham em “área ou via pública” (ambulantes e camelôs), cujos empreendimentos estão, principalmente, no setor da agropecuária ou da construção e que estão localizados nas regiões Norte ou Nordeste.
Para o presidente do Sebrae, Carlos Melles, o estudo comprova que, apesar dos diversos avanços conquistados pelo empreendedorismo no Brasil nas últimas décadas – como a criação da figura do MEI (que completa 10 anos em julho), a aprovação da Lei Geral da Micro e Pequena Empresa e mais recentemente a Lei da Liberdade Econômica, – abrir um negócio formal no país continua sendo um exercício de coragem e perseverança. “No momento em que o Brasil enfrenta o drama do desemprego, com quase 13 milhões de pessoas sem trabalho, o empreendedorismo se torna uma alternativa concreta. Mas, para isso, precisamos assegurar igualdade de acesso ao mercado formal, a todos que se lançam no projeto de criar a própria empresa. Isso passa pela qualificação dos empreendedores e por políticas públicas que alcancem esse universo de pessoas que estão hoje à margem da economia”, conclui.
Educação faz a diferença
A história da designer gráfica Maíra Da Costa Pedro Luz mostra o quanto o nível de formação do empreendedor pode ser crucial para o sucesso do negócio. Depois de retornar ao Brasil em 2015, após passar alguns anos na Itália, a intenção inicial de Maíra era se recolocar no mercado de trabalho. Foi quando surgiu a ideia de abrir um restaurante junto com a mãe e se afirmar como mulher negra em um segmento dominado pelos homens. “Restaurante não era minha área de formação e depois, eu sou uma mulher negra… tive de superar vários obstáculos. Foi um caminho meio longo”, acrescenta. Mas, no final, o trabalho rendeu resultados. Hoje, além do Free Soul Food, um estabelecimento de comidas naturais e veganas na capital paulista, Maíra decidiu abrir duas lanchonetes. Em uma delas, a empresária oferta comidas naturais. Em outra, serve comidas mais tradicionais.
O restaurante delivery também passou a fazer eventos externos, outra atividade que não estava nos planos de expansão de Maíra e sua mãe. “Passamos a contratar pessoas de Angola, República Dominicana, Haiti, Venezuela, entre outros”, conta a empresária. E foi a partir disso que até seu cardápio mudou. “Hoje trabalhamos muito com raízes, uma especialidade dos imigrantes africanos.
PRINCIPAIS NÚMEROS:
• A informalidade é maior: Na agropecuária e na construção;
Nos indivíduos Conta Própria;
No Norte e Nordeste;
No grupo dos negros;
No grupo de até 24 anos;
No grupo sem instrução;
Quem está até 1 mês no negócio atual;
Quem trabalha até 14 horas semanais no negócio;
Quem ganha até 1 SM;
Quem não tem nenhum sócio;
Quem não tem nenhum empregado;
Quem trabalha em área ou via pública.
Siga o SEBRAE RS
Notícias
04 de Julho de 2024Antônio Prado apresentará caso de sucesso sobre desburocratização em Brasília no evento Transformar Juntos
SAIBA MAIS04 de Julho de 2024
Mentorias Solidárias buscam superar pessimismo dos empresários do RS com cenário para os próximos meses
SAIBA MAISVídeos
Ouça o podcast do SEBRAE
27/02/2024 16:18Plano de Voo, do Sebrae RS, traz as principais tendências da NRF para o varejo
29/01/2024 10:00Dicas de finanças para empresas é tema do podcast do Sebrae RS
Atendimento - Chat
Olá, tudo bem? Preencha os campos para iniciarmos o chat. ;)
Por favor, preencha o formulário abaixo e retornaremos seu contato assim que possível.