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Nove em cada dez empresas gaúchas estão funcionando

Levantamento promovido pelo Sebrae RS também revela que em julho houve o maior percentual de empresas sinalizando aumento no faturamento

atualizado em: 31/08/21

Da Redação

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Não há dúvidas: o ambiente de negócios do RS já mostra sinais claros de recuperação, já que nove em cada dez empresas estão funcionando (88%). A expectativa dos empreendedores, ancorada também no bom ritmo da vacinação, indica que 73% dos entrevistados estão confiantes na melhora dos negócios no seu ramo de atividades, assim como 66% consideram que a economia do Estado deve seguir em ritmo positivo. Neste sentido, a pesquisa apontou o maior percentual da série (27%) de empresas com aumento no faturamento, e elevado percentual (95%) daquelas que pretendem manter, expandir ou reposicionar seu negócio. Um dado extremamente positivo neste levantamento é o de que nenhuma empresa gaúcha tem intenção de encerrar suas atividades nos próximos 30 dias, fato inédito desde o início da pesquisa. Este cenário favorável emerge dos resultados da 14ª edição da Pesquisa de Monitoramento dos Pequenos Negócios na Crise, realizada pelo Sebrae RS entre os dias 19 de julho a 08 de agosto. Nesta edição foi incluído o tema “Impacto da Vacinação”, essencial para retomada dos negócios.

A perspectiva de vacinação da população do Estado e, principalmente, o aumento de vacinados com a segunda dose, provoca uma sensação de segurança e otimismo da população como um todo. Nos pequenos negócios, a percepção de melhora em relação a situação do seu ramo de atividade segue uma trajetória ascendente, chegando a 28%, índice mais alto desde março de 2021.

Os últimos meses também foram marcados pela retomada das atividades e, em julho, apenas 12% dos empreendimentos seguiam sem funcionar, mesmo percentual verificado no mês de janeiro de 2021. O principal motivo destas não estarem em funcionamento refere-se à remodelagem dos negócios, e não mais por restrições governamentais, cujo percentual ficou em 18%. Também houve uma redução no percentual das empresas que decidiram fechar definitivamente, sendo que das 12% que estão sem funcionar, 4%não pretendem reabrir.

Com a retomada das atividades, houve uma melhora significativa no faturamento e 27% sinalizaram aumento, maior percentual verificado desde o início do monitoramento, em abril de 2020. Dos 32% que indicaram redução, apenas 14% apontam que a queda foi superior a 50%. O nível de ocupação de pessoas mantém a tendência de recuperação e com maior percentual de empresas (17%) respondendo que houve aumento e manutenção da ocupação, retomando o mesmo percentual de janeiro de 2021.

Reflexo no comportamento do mercado

Nesta fase de retomada, a principal necessidade apontada pelos empreendedores é a orientação sobre o uso de ferramentas digitais para venda e relacionamento com clientes (47%), mostrando um reflexo do novo comportamento do mercado e dos consumidores, que estão cada vez mais conectados e ativos em compras de todos os tipos pela internet. Já a consultoria/orientação para gestão financeira aparece como segunda maior demanda neste momento para os pequenos negócios (39%), seguida por recurso para capital de giro (38%), recurso para investimento (31%) e análise sobre tendências e perspectivas de mercado (29%).

Com os negócios em recuperação, aumentou para 31% o percentual daquelas empresas que buscaram financiamento no mês de julho, segundo maior percentual desde janeiro de 2021. Por outro lado, 69% não precisaram recorrer a financiamentos, e entre as razões citadas estão a empresa não precisou (44%), estão utilizando recursos próprios (27%), e 13% não querem se endividar devido à instabilidade econômica. A Pesquisa de Monitoramento dos Pequenos Negócios na Crise foi feita por meio de coleta online, com nível de confiança de 95% e margem de erro de 6,3%.

A pesquisa em números

Situação atual

34% piorou

38% sem alteração

28% melhorou

 

Funcionamento

88% sim

12% não

 

Faturamento

41% Manteve inalterado

32% diminuiu

27% aumentou

 

Financiamento

69% não precisou

31% precisou

 

O que o empreendedor precisa

47% orientação sobre uso de ferramentas digitais

39% consultoria/orientação para gestão financeira

38% recurso para capital de giro

31% recurso para investimento

29% análise sobre tendências e perspectivas do mercado

25% parcerias com outras empresas para otimizar negócios

23% análise do comportamento do consumidor

22% consultoria para readequação/remodelagem do negócio

21% alternativas para diversificar produtos/serviços

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