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Da Redação
Pelotas – A tradição doceira e o conjunto histórico de Pelotas alcançaram reconhecimento nacional. O Instituto do Patrimônio Histórico Artístico Nacional (Iphan) definiu o conjunto arquitetônico da cidade como patrimônio material e concedeu o registro de patrimônio imaterial para a tradição doceira. A decisão foi tomada pelo Conselho Consultivo do Iphan, no dia 15 de maio, e teve o envolvimento da Universidade Federal de Pelotas, da Câmara de Dirigente Lojistas (CDL) de Pelotas e da Secretaria de Cultura de Pelotas, promovendo e valorizando a produção de doces como referência cultural da região.
A gestora de projetos de turismo no Sebrae RS, Jussara Cruz Argoud, manifesta o orgulho por essa conquista e projeta novas ações. “Atualmente, incentivamos e fortalecemos o turismo por meio do projeto Pelotas Turismo Cultural. A partir desse reconhecimento, estamos formatando dois novos produtos turísticos, incluindo o Patrimônio Histórico Nacional, tombado pelo Iphan, do qual faz parte a Charqueada São João e a Catedral São Francisco de Paula, entre outros”, revela. Além disso, o novo marco também celebra o acerto das ações junto às doceiras da região. O registro inclui os municípios de Pelotas e da Antiga Pelotas, com Arroio do Padre, Capão do Leão, Morro Redondo e Turuçu. “Diversas doceiras já haviam conquistado, com o apoio do Sebrae (RS), a Indicação Geográfica (IG) dos doces”, informa Jussara.
Outro aspecto que impulsionou o desenvolvimento turístico foi a criação do Roteiro Morro de Amores, no município de Morro Redondo, que concentra a maior parte da produção de doces coloniais. Os empreendedores desse roteiro contam com o apoio do Sebrae RS com capacitações por meio de consultorias, cursos, palestras e formatação de produtos de turismo.
A representante da Associação dos Empreendedores de Turismo de Morro Redondo – Roteiro Morro de Amores, Angélica Boettge dos Santos, conta que, depois do anúncio do Iphan, vários doceiros procuraram a entidade para fazer parte do roteiro e da 2ª Festa do Doce Colonial da cidade, que ocorre nos dias 9 e 10 de junho. “O registro da tradição doceira como patrimônio imaterial fez com que a população se apropriasse mais desse produto típico, que pode ser uma motivação para quem produz doces e um incentivo para o turismo”, destaca Angélica.
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