Atividades do projeto PISA iniciam na região Planalto do Estado

A iniciativa, coordenada por meio de convênio entre FARSUL, SENAR-RS e SEBRAE/RS, vai beneficiar propriedades de cinco municípios

Da Redação

A Região Planalto iniciou, em janeiro, as atividades do projeto Produção Integrada de Sistemas Agropecuários (PISA), operacionalizado no Estado por meio do programa Juntos para Competir (FARSUL, SENAR-RS e SEBRAE/RS). Durante três anos, as propriedades irão receber consultoria tecnológica e acompanhamento na melhoria do gerenciamento de suas propriedades.

Os técnicos irão acompanhar 125 produtores distribuídos em cinco municípios: Marau, Água Santa, Victor Graeff, Lagoa dos Três Cantos e Tapera. A primeira iniciativa foi selecionar as chamadas Unidades de Difusão Tecnológica (UDTs), que serão referência no projeto. Conforme explica a gestora do projeto no SEBRAE/RS, Diane Teresinha Sensolo, a escolha desses locais foi realizada por meio de reuniões e votação com os produtores. “Essas propriedades devem representar a maioria, e o seu proprietário deve ter disponibilidade para receber as visitas técnicas com mais frequência, por exemplo”.

As UDTs receberão uma carga maior de intervenção. Serão realizadas visitas mensais, com duração de quatro horas. “As demais propriedades, que são denominadas Unidades Produtivas (UPs) serão visitadas bimestralmente e, nos meses que não ocorrer encontro individual, irão se reunir nas UDTs, em visitas chamadas clínicas tecnológicas. Será uma oportunidade para que eles apontem as dificuldades, suas experiências e resultados no decorrer da aplicação do projeto”, ressalta Diane. Entre os aspectos a serem desenvolvidos estão a gestão financeira e melhorias técnicas, como manejo de pastagem. “Todo esse trabalho será fundamental para desenvolver a atividade leiteira. As atividades irão contribuir para diminuir custos bem como otimizar a produção com qualidade, fundamental para alcançar um bom preço de mercado”, destaca a técnica.

Entre as propriedades selecionadas está a fazenda de Otávio Egon Eckstein, de Victor Graeff. A família atua na produção de leite desde 1980, e Eckstein assumiu em 2004, após o falecimento do pai. O empreendedor conta que a primeira dificuldade foi encontrar novas oportunidades de negócio. “Eu não tinha esse conhecimento, nem da compra de insumos, por exemplo, pois eram atividades desempenhadas pelo meu pai. Encontrei auxílio com parentes e técnicos para tocar a propriedade em frente”, relembra.

O universo de capacitações não é, portanto, uma novidade para o empresário. Durante dois anos ele realizou atividades do programa Juntos para Competir, entre elas consultorias que contribuíram para a gestão da propriedade. “Já tive muitas melhorias com isso, em vários aspectos. Agora, com essa nova iniciativa, espero trabalhar outras questões, como a produtividade e o nosso lucro”, disse. Entre os aspectos que deseja melhorar, Eckstein aponta a captação da água da chuva como uma iniciativa importante. “O custo com a água é elevado, então vamos pensar em alternativas. Além disso, quero melhorar a pastagem, analisando a melhor forma de adubar o solo e aumentar nossa produção diária de 800 litros/dia para mil litros/dia”, revela.

Conforme destaca o gestor do programa Juntos para Competir pelo SENAR-RS, Antônio Aguinaga, existe uma grande expectativa com a realização de mais uma edição do PISA. “A partir do exemplo de outras regiões acreditamos que teremos sucesso também nessas propriedades. Essa metodologia tem conseguido modificar a realidade da produção leiteira no Estado, portanto, vamos acompanhar cada passo para garantir ótimos resultados”, finaliza.

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