Rio Grande do Sul, um Polo de Gastronomia

O Programa Polo Gastronômico do SEBRAE/RS desenvolverá projetos em várias regiões do Estado

Da Redação

Porto Alegre – O projeto Polo Gastronômico cresceu. A iniciativa que começou em Porto Alegre tornou-se um programa estadual e será estendido a outras regiões gaúchas em 2015 para impulsionar as pequenas empresas de alimentação. Desde 2006, bares, restaurantes, lancherias, padarias e cafés se beneficiam por meio de capacitações e ações cooperadas, fortalecendo o setor e promovendo o desenvolvimento dos pequenos negócios. Neste ano, serão desenvolvidos projetos específicos nas regiões do Vale do Sinos, Caí e Paranhana, Sul, Centro, Planalto, Serra e Metropolitana, tornando o segmento como um dos prioritários nas iniciativas do SEBRAE/RS.

A ação desenvolvida pelo SEBRAE/RS conta com a parceria e o apoio estadual da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), do Sindicato das Indústrias de Panificação e Confeitaria e de Massas Alimentícias e Biscoitos do Rio Grande do Sul e do Sindicato da Hotelaria e Gastronomia de Porto Alegre (Sindpoa), além dos parceiros locais nas regiões em que os projetos serão desenvolvidos.

De acordo com o coordenador estadual do projeto pelo SEBRAE/RS, Roger Klafke, “as atividades têm como objetivo profissionalizar a gestão, garantir a segurança na manipulação de alimentos e ampliar as oportunidades de mercado para as micro e pequenas empresas do setor de alimentação fora do lar”. Por meio de capacitações, visitas técnicas, consultorias e troca de experiências entre os empreendedores, o resultado esperado é aumentar o faturamento dos empreendimentos, reduzir a rotatividade de colaboradores e implementar indicadores de desempenho.

O projeto de expansão, que irá formatar um polo estadual de gastronomia, surgiu por dois fatores. “Percebemos que o setor de alimentação reúne o maior número de micro e pequenas empresas, e também porque havia interesse de empresários de outras cidades em integrar o Polo”, conta o gestor. O primeiro passo foi mapear essas demandas e criar projetos. “Já temos iniciativas para municípios da Região Metropolitana, Serra, Sul e Centro”, revela. Além da expansão, que deverá atender cerca de 400 empresas, a ideia é promover a ligação com outras áreas, entre elas a agricultura. Klafke explica que “ocorrerá uma integração entre produtores e empresas, criando, assim, uma identidade gastronômica local”.

Criado em Novo Hamburgo há seis anos, o restaurante Olé Mexicano foi uma das empresas que procurou o Polo. Criado por Ivo Rizzardi e Silvana Timmers após uma viagem de três anos pelo México, o empreendimento nasceu com a proposta de ser um ambiente cultural e gastronômico. “Queríamos algo altamente temático, que tivesse entretenimento urbano e comida típica, então oferecemos uma série de espetáculos, além de comemorarmos datas especiais daquele país”, conta Rizzardi.

Quando integraram o Polo Gastronômico em 2013 os empresários queriam, principalmente, aprimorar os processos de produção. Para isso participaram do Programa de Alimentação Segura (PAS), que tem como objetivo minimizar ao máximo os riscos de contaminação. “A seguir, trabalhamos com a gestão estratégica de pessoas e também o marketing, venda, e finanças, por meio de capacitações, palestras e visitas técnicas”, esclarece o proprietário. “Tem sido importante participar das atividades do Polo Gastronômico. Uma coisa é o que você acha que tem que fazer, outra coisa é o que os outros pensam, e ainda, o que realmente deve ser feito para crescer no mercado. Esse auxílio é fundamental”, finaliza.

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