Em quatro décadas, Sebrae enfrenta crises, contabiliza vitórias e, principalmente, impulsiona micro e pequenos negócios para o sucesso
Da Redação
Brasília – Os últimos 40 anos foram de profundas mudanças no cenário econômico nacional. O Brasil, que era a 12º economia do mundo, pulou para o 7º lugar nesse período. A chegada do século 21 promoveu o ingresso de mais de 40 milhões de pessoas no mercado consumidor de produtos e serviços. A evolução exigiu sacrifícios e esforços da sociedade – de mudanças estruturais a ações de estímulo ao ambiente empresarial. Desde a fundação, o Sebrae imprimiu sua marca em todas as transformações da economia nacional. Uma história que começou em meio a um dos períodos mais turbulentos dos tempos modernos. Confira abaixo a linha do tempo da instituição na história do Brasil.
Anos 1970
A década rompeu embalada num ambiente político instável e sob desconfiança de crise mundial no abastecimento de petróleo, que poderia levar o mundo à recessão.
Em 1972, é criado o Centro Brasileiro de Assistência Gerencial à Pe¬quena e Média Empresa (Cebrae) com a missão de fortalecer o segmento empresarial. Menos de um ano depois, explode a temida crise, a economia internacional é refreada – o Brasil acompanha o ritmo. A situação expõe a fragi¬lidade do modelo gerencial dos empreendimentos nacionais.
Inicialmente, o Cebrae está presente na Bahia, Espírito Santo, Minas Gerais, Paraíba, Pernambuco, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro e Santa Catarina. Dois anos depois já são 19 estados. Em 1977, a instituição promove o 1º Simpósio Latino-Americano da Pequena e Média Empresa, no Rio de Janeiro. O ultimo ano da década contabilizava mais de 1,2 mil consultores forma¬dos para difundir programas com foco na Gestão Empresarial, Crédito Orientado e Mercado.
Anos 1980
O cenário econômico dos anos 80 foi marcado por hiperinflação, congelamento de preços, troca de moeda e desvalorizações cambiais. O Cebrae se esforça para criar um ambiente dife¬renciado para as micro e pequenas empresas (MPE). O resultado é a aprovação, no Congresso Nacional, do Estatuto da Microempresa, em 1984. No ano seguinte, o Cebrae muda-se do Rio de Janeiro para Brasília, o que favorece a interiorização da institui¬ção. Em 1988, por sugestão do então presidente da instituição, Paulo Lustosa, chega ao mercado a primeira revista especializada em pequenos negó¬cios.
O segmento passa a dispor de linha de crédi¬to especial, resultado de convênio fechado entre o Cebrae e o governo federal. Programas como Crédito Orientado e Vestibular do Empresário promovem educação para o melhor uso do dinheiro e atendimento aos interessados em empreender.
Anos 1990
Fim das barreiras protecionistas, crises financeiras internacionais em mercado emergentes, mudanças estruturais na economia interna e conquista gradual da estabilidade monetária perpassam a memória econômica dos anos de 1990.
No despertar da década, o primeiro desafio foi reverter, no Congresso Nacional, a Medida Provisória que extinguiu o Cebrae. A mobilização reúne representantes de todos os segmentos da sociedade civil. A pressão resulta no surgimento do Serviço Brasi¬leiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), que passa a priorizar a competitividade e o empreendedorismo.
Em Pernambuco, acontece a primeira Feira do Empreendedor, em 1992. O avanço tecnológico dinamiza os processos de comuni¬cação e é lançada a TV Sebrae, em 1993. As medidas em favor das MPE multiplicam-se. Surgem o Simples – sistema que simplifica o pagamento de impostos e dá tratamento diferenciado às MPE – e o Fundo de Aval, que facilita o acesso ao crédito, inovações e incor¬porações de tecnologia. As feiras de empreendedorismo resultam no surgimento de novas empresas.
Ferramentas como os programas Qualidade Total para MPE , Inician¬do um Pequeno Grande Negócio (IPGN), Empretec e Desafio Sebrae dinamizam o ambiente empresarial. Temas voltados à gestão ambiental assumem papel de diferencial competitivo par a as MPE.
Em cinco de outubro de 1999, o segmento atinge um marco. Neste ano, é sancionado o Estatuto da Microempresa. A data passa a ser come¬morada como o Dia do Empreendedorismo. A assistência aos informais é ampliada. Para facilitar o atendimento, é lançado o Balcão Sebrae.
Anos 2000
Seis anos de estabilização da moeda refor¬çam as bases da economia, o país entra em novo ritmo e inclusão é palavra de ordem para enfrentar os desafios que o novo milênio traz para as micro e pequenas empresas.
A fim de estimular as iniciativas da administração pública em favor das MPE, o Sebrae lança, em 2001, o Prêmio Sebrae Prefeito Empreendedor. No ano se¬guinte cria a Agência Sebrae de Notícias. Em 2003, a instituição incorpora o modelo Gestão Estratégica Orientada para Resultados (GEOR), aumentando o foco nos resultados dos pequenos empreendimentos. O Sebrae imprime esforços para criar a Lei Geral da Micro e Pequena Empresa. O resultado aparece em 2006, quando a legislação que dá tratamento diferenciado às MPE é sancionada. Ferramentas como o Sebrae Digital e o Sebrae On Line agregam e facilitam a inclusão digital e a cidadania. Ao aparato tecnológico é acrescida, em 2010, a MPE Data, ferramenta virtual para facilitar o acesso aos dados das MPE brasileiras.
A década também foi de expansão das fronteiras internacionais. O Sebrae passa a difundir seus programas em vários países e contribui com iniciativas em defesa do empreendedorismo.
Com objetivo de valorizar pessoas e instituições que trabalham pelo setor, foram lançados o Desafio Sebrae, o Prêmio Sebrae Mulher de Negócios, o Prêmio Sebrae Em-preendedor, o Prêmio Sebrae de Jornalismo e o Prêmio Sebrae Top 100 de Artesanato.
O fechamento da primeira década dos anos 2000 também foi tempo de mudanças. Em novembro de 2010, o Sebrae Nacional inaugura sua nova sede em Brasília, obra premiada pelo cuidado com a sustentabilidade e a funcionalidade.
Serviço:
Agência Sebrae de Notícias
(61) 3243-7851 / 3243-7852 / 2104-2771 / 2104-2775 / 9977-9529