Tito Gusmão fala sobre a criação da Warren

Palestra fez parte do palco principal do primeiro dia do Insight 2018

“Sou um empresário que trabalha para fazer a Warren crescer. Vou me empolgar e peço desculpas antecipadamente porque vou falar palavrão”. Foi assim que o criador da Warren, Tito Gusmão, começou a palestra A Jornada de um Startup: do primeiro protótipo aos 50 mil clientes, no Insight 2018. A abertura da palestra mostrou o clima descontraído do conteúdo que ele trouxe para os empreendedores.

Tito Gusmão falou sobre a jornada de sua empresa: do primeiro protótipo aos 50 mil clientes (Foto: Cassius Souza)

Ao longo de meia hora, o empresário trouxe exemplos do mercado financeiro e passou inúmeras dicas de investimentos, baseadas nas experiências que tem, além de mostrar o perfil que o novo profissional precisa ter. “Na Warren, procuramos pessoas que resolvam problemas, com coragem para tentar, sem medo de errar, mesmo errando”, comenta ele.

Gusmão também comentou que um bom profissional precisa ser otimista, ainda mais quando for trabalhar no mercado financeiro, que é instável. Achar pessoas otimistas é parte do desafio diário do atual perfil de empreendedor.

E esses desafios podem trazer resultados. Para isso, é preciso persistência, dedicação e envolvimento. Ser empresário é estar pronto para resolver problemas. Quanto maior o problema, maior a recompensa, maior a competição, maior a responsabilidade e maior vai ser a entrega do empresário. “Se você quiser resolver um problema grande, vai ter que se envolver muito, vai ter que largar parte do tempo com a família e investir cerca de 14 horas por dia nisso”, lembra.

Como Tito Gusmão começou a Warren

Com 14 anos, ele montou a primeira empresa de importação e exportação, brinca. Isso porque na verdade, a ideia funcionava basicamente assim: Gusmão comprava coisas no Paraguai e entregava de porta em porta. Era uma época de conexão discada e ninguém entrava na internet. Para divulgar a “empresa”, ele fazia panfletos, passava por baixo da porta das pessoas na vizinhança, levava aos colégios e colava o material nas paradas de ônibus.

“A ideia de empreender entrou em mim porque eu nunca ganhei mesada. Se eu quisesse comprar um chocolate na padaria, eu precisava lavar uma louça em casa. Isso me deu uma experiência de valorizar o meu dinheiro. Minha família pagava mal e eu resolvi fazer algo por conta”, lembra ele.

Nessa época, ele passou a pensar em investir o dinheiro que ganhava nesses trabalhos. Para ele, os gerentes de bancos nunca davam boas ideias de investimentos. Então, ele começou a fazer os próprios investimentos sozinho. Com o tempo, passou a dar conselhos para os amigos e foi chamado para ser sócio na XP Investimentos, onde ficou por 10 anos.

Em Nova Iorque, ele assistiu a um vídeo no Youtube que falava sobre o “efeito do Fantástico”. Segundo o vídeo, se você assistisse ao Fantástico e ficasse triste, é porque estaria trabalhando no lugar errado. Se assistisse e ficasse feliz, é porque estaria trabalhando num lugar que gosta. “Assistindo ao Fantástico, em Nova Iorque, eu me senti mal. Foi a partir disso que eu montei a Warren, com dois amigos”, lembra ele.

A Warren é plataforma de investimentos que descobre o perfil do cliente e o molda como conservador ou arrojado. A partir disso, ela cria um objetivo e projeta um modelo de investimento específico para o usuário. Hoje, a empresa tem mais de 60 mil clientes.

“Investir bem é complexo e há muito conflito de interesse. As pessoas que vendem os produtos ganham comissão. Criamos na Warren um produto completo e fácil de usar que rompe esse conflito de interesse. Somos a primeira empresa do Brasil com o foco no cliente. Cobramos apenas 0,5% de gestão ao ano”, reforça ele.

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