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Da Redação
Portugal – Quando se fala em Portugal e vinhos uma das primeiras menções é o famoso vinho do porto. A bebida, que é regulamentada e produzida por 23 mil viticultores inseridos em uma região delimitada, alcançou números impressionantes por fatores como reposicionamento da marca. Essas questões serviram de estímulo para as vinícolas gaúchas que participam de missão técnica em Portugal até o 12 de maio. Além de visitar o Instituto do Vinho do Porto, os empreendedores conheceram museus e centros de pesquisa. A promoção da missão é do Sebrae RS e conta com o apoio do Governo do Estado do Rio Grande do Sul, Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin), Vinhos do Brasil, e da vice-cônsul de Portugal, Adriana de Melo Ribeiro.
O Instituto do Vinho do Porto detém a primeira denominação de origem do mundo, porque foi a região pioneira na demarcação de limites, na regulamentação e na fiscalização para a produção da bebida. Conforme explica a técnica do Sebrae RS Amanda Paim, que acompanha o grupo na viagem, “o Instituto regula duas denominações de origem, do Porto e do Douro”, conta. São analisadas 10 mil amostras por ano, e todos os produtos precisam passar por uma análise sensorial que valida a qualidade do vinho conforme prevista em um regulamento. “O Brasil recebe anualmente 6 milhões de unidades do que é produzido na região e, nos últimos anos, diferentes formas de alcançar outros públicos foram desenvolvidas”, explica a técnica.
Esse trabalho, segundo ela, serviu como uma grande referência em gestão para as vinícolas gaúchas. O Instituto investiu fortemente em estratégias para alcançar, também, um público mais jovem, tais como parcerias com restaurantes, presença em bares da região, drinks com receitas diferentes e até mesmo em diferentes formas de beber o produto. “Antigamente, o vinho do porto era consumido numa taça pequena, então desenvolveram o design de uma taça maior, que estimula mais o consumo”, comenta Amanda.
Na cidade de Gaia, outra estratégia de negócios chamou a atenção dos produtores. Uma das marcas presentes na localidade é a Porto Cruz, que desenvolveu um espaço multifuncional e cultural, com gastronomia e interação. “Isso porque eles queriam deixar de ser apenas uma marca de vinho e gerar, também, lifestyle com a bebida”, disse. A relação com o enoturismo se fortaleceu a partir de 2001, quando a União Européia escolheu Porto como a capital cultural da Europa.
Pesquisa e inovação
Com o objetivo de atender todas as demandas da cadeia produtiva do vinho, 120 profissionais estão reunidos no Regia Douro Park, espaço dedicado à pesquisa da viticultura como um todo, partindo das práticas enolóicas até o consumo. “Esse local atua como um fortalecedor do cluster, promovendo discussão, integração e um espaço aberto para realização de ações diversas, eventos, e para o acolhimento de startups e associações”, ressalta o gerente de Indústria, Comércio e Serviços do Sebrae RS, Fábio Krieger, que também acompanha a missão.
O grupo de vinícolas da Serra e Campanha destacou, segundo o gerente, dois pontos sobre esssa etapa da visita: a relação entre marca e cliente e a região geográfica em que as vinícolas estão inseridas, impacta diretamente no enoturismo. “O turista quer conhecer o local onde a sua marca favorita é produzida, sendo a paisagem um fator que estimula a sua visita”, disse ele.
Fortalecimento da cultura local
No Museu do Douro, o arquiteto Fernando Seara, responsável pelo processo de estruturação do espaço, mostrou como a cultura e o território foram valorizados, de forma a promover os elementos para mostrar ao turista, o que serviu de parâmetro para as empresas gaúchas incorporarem futuramente nos seus negócios. Anualmente, são 130 mil visitantes, a maior parte de Portugal, seguido por norte-americanos e australianos. “Eles chegam em cruzeiros que desembarcam em Douro. O crescimento do fluxo de turistas foi impressionante no decorrer dos ultimos 20 anos”, surpreende-se Krieger. Segundo explicações do arquiteto, antes desse período apenas uma propriedade era aberta para visitação, hoje apenas uma está fechada. São 10 mil vinícolas que deixaram de ser apenas unidades fabris para se tornarem espaços de relacionamento com o consumidor.
O dia de visitação contou, ainda, com uma parada na Adega Raposeira e Murgueira. Ela possui uma pequena área de plantio própria, mas conta com 360 fornecedores. Atualmente, tem um estoque de 11 milhões de garrafas, quantidade que se torna ainda maior na comparação com os números de produção anual de espumante no Brasil, cuja fabricação anual é de aproximadamente 13 milhões de garrafas. “Chamou a nossa atenção o tamanho do empreendimento e a gestão do negócio feita com muita paixão e inovação. Muitas etapas são ruptivas porque se criaram novas formas para atender as necessidades de produção”, conta Amanda Paim.
Um encontro com o prefeito da cidade de Lamego, Francisco Lopes, e a secretária Ana Branca, endossou o comprometimento que entidades e produtores têm com a promoção do enoturismo. “Foi enfatizado o apoio do poder público para estimular o turismo da região. Eles acreditam que isso é uma grande alternativa para o desenvolvimento dos municípios”, finaliza Krieger.
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