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Da Redação
A pesquisa GEM (Global Entrepreneurship Monitor), realizada no Brasil, com apoio do Sebrae, constatou que, em 2018, dois em cada cinco brasileiros entre 18 e 64 anos estavam à frente de uma atividade empresarial ou tinham planos de ter um negócio. Duas delas, com certeza, moram em São Lourenço do Sul. São as cunhadas Raquel Wester Wiemann Duarte Kath e Cristina Rojas Kath que, desde meados do ano passado, abriram mão de suas profissões de origem para empreender. Raquel era dentista e Cristina, bióloga. Além da ligação familiar, as duas tinham em comum o sonho de levar para São Lourenço do Sul um conceito diferente de loja, valorizando a qualidade de vida e a sustentabilidade.
De conversa em conversa e de algumas casualidades, Raquel queria morar em São Lourenço e Cristina não queria deixar a cidade, mesmo com a transferência do marido, a ideia do negócio próprio foi amadurecendo. “Sempre achamos que São Lourenço merecia uma loja de cidade grande”, conta Cristina. Com esse perfil, e algo a mais, nasceu a Viva Grano, especializada na venda de produtos naturais a granel. O algo a mais são os detalhes que estão se tornando tendência mundial quando o assunto é consumo consciente.
Na Viva Grano, por exemplo, os clientes são estimulados a levar seu próprio pote para a compra de produtos. Há também uma cozinha aberta para uso de quem quiser preparar, ali mesmo, algum alimento da loja, e um cantinho do café, em parceria com uma cafeteria da cidade vizinha. Nesse ambiente, é comum elas emprestarem a colher ou outro utensílio que o cliente usa, até leva para casa e depois devolve. “Não queríamos ser apenas um ponto de vendas, mas uma loja de encontros. Agora virou point na cidade”, diz Raquel.
Com um jeito moderno e rústico, a loja chama a atenção também pela arquitetura e decoração que valoriza a reutilização de materiais. O sucesso do empreendimento já anima as sócias a pensarem em novos desafios. Entre os planos, talvez ingressar no e-commerce e na produção de alimentos naturais. Mais uma vez, elas pretendem recorrer ao Sebrae RS para evitar atropelos. Foi assim desde o início. Quando decidiram empreender, procuraram a organização para ajudar na análise da viabilidade do projeto. Depois, buscaram embasamento para saber gerenciar. Agora, estão realizando uma análise dos dados do negócio para entender como podem crescer sem riscos. “Queremos que a Viva Grano fique redonda, sem falhas”, finaliza Cristina.
Assim, com dedicação e muito preparo técnico, elas reforçam os números da Pesquisa GEM, que mostrou que, em 2018, as mulheres empreendedoras já representavam 23,8 milhões de brasileiras.
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