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Da Redação
Bagé – Após dois anos de mobilização e capacitações, o Programa LIDER – Liderança para o Desenvolvimento Regional – atinge etapa de maturidade em 2017. Por conta disso, o SEBRAE RS reúne nesta segunda e terça-feira, 13 e 14 de novembro, em Bagé, as lideranças dos 43 municípios envolvidos no programa e que representam as regiões da Campanha, Fronteira Oeste e Sul do Estado. O LIDER, implementado em 2015, é uma ferramenta que estimula gestores a atuarem de forma conjunta e empreendedora, fomentando, assim, o desenvolvimento da região em que estão inseridos, engajando os setores público, privado e terceiro setor.
Nesta segunda-feira foram apresentados os projetos-piloto elencados para o desenvolvimento das regiões participantes (cadeias produtivas do vinho e turismo), além da estrutura de governança que seguirá colocando em práticas as propostas até o momento construídas, além de planejar outras que possam contribuir para o desenvolvimento regional. Uma ferramenta que irá ajudar a equipe de governança na proposição de novos projetos é o Observatório para o Desenvolvimento Territorial que, na ocasião, será apresentado pelo reitor da Universidade Católica de Pelotas (UCPel), José Carlos Bachettini. O observatório é um espaço online onde constam dados, documentos e estudos da região Sul, que se tornará público podendo receber informações das outras regiões através de universidades como Unipampa, Furg, IFSUL, UFPEL, Urcamp e Embrapas, parceiros do LIDER. “A ferramenta terá função norteadora, tanto para empreendedores quanto para formulação e aplicação de políticas públicas. Ademais, o acompanhamento das principais cadeias produtivas da região é, de igual modo, um importante fator, seja pela sua capacidade de antecipação de cenários e, portanto, oferecer subsídios para planejamento e adequações, ou de, a partir do conhecimento auferido, maximizar as oportunidades e resultados”, explica o reitor.
Segundo o diretor-superintendente do SEBRAE RS, Derly Fialho, o Programa LIDER é uma iniciativa diferenciada, que mobiliza e engaja as principais lideranças regionais a proporem ações de transformação, desenvolvendo o território onde vivem e do qual fazem parte. “Realizamos um trabalho de mobilização, articulação e preparo técnico de mais de 100 lideranças que representam o poder público, o privado e o terceiro setor, e agora estamos apresentando os principais avanços obtidos durante esta caminhada de dois anos em busca da retomada da prosperidade destas regiões”, destaca Fialho. A partir de agora a instituição passa de promotora a apoiadora das ações do LIDER para poder implementar o programa em outras regiões do Estado. “A intenção é atuarmos na região Centro a partir de 2018”, adianta Derly.
Durante o encontro também foi apresentado oficialmente o grupo que ficará a frente dos trabalhos, encaminhando ações já propostas e futuras. “Esta governança é formada por 12 pessoas representantes dos líderes das três regiões, dos Coredes, dos municípios, dos empresários e do SEBRAE RS, na minha pessoa”, explica. Para apoiar este grupo entram em cena o comitê científico, formado pelas universidades da região, Embrapas e Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia; e os mentores, selecionados por sua representatividade e capacidade de articulação regional. São eles: Darci Schneid – empresário, proprietário da Sirtec Sistemas Elétricos; Fernando Schüler – Cientista político, professor no Insper; Luiz Coronel – escritor e publicitário; Luiz Eduardo Batalha – empresário, produtor de azeite de oliva em Pinheiro Machado; Fábio Branco, ex-prefeito de Rio Grande e atual secretário-chefe da Casa Civil do Governo do Estado do Rio Grande do Sul; e Sérgio Maia, presidente da Associação dos Dirigentes de Marketing e Vendas do Brasil (ADVB/RS).
Entenda melhor a iniciativa
O Programa LIDER foi implementado pelo SEBRAE com o objetivo estimular o desenvolvimento das regiões Campanha, Fronteira Oeste e Sul – cuja economia representa 10,6% do PIB do Estado, 16% da população e 8,6% dos municípios – através de suas lideranças. A iniciativa teve início em abril de 2015 e, em cada uma das regiões, grupos compostos por representantes dos setores público e privado e terceiro setor foram estimulados a elencar as prioridades locais para, juntos, construírem um plano de desenvolvimento regional.
Toda esta caminhada foi orientada por metodologia desenvolvida pelo SEBRAE em oito encontros de desenvolvimento grupal e planejamento (interação, quebra de paradigmas, construção de visão de futuro). Em 2016, o trabalho teve continuidade em encontros bimestrais de acompanhamento e monitoramento de resultados. Em junho ocorreu o primeiro encontro reunindo as regiões Campanha e Fronteira Oeste para apresentação de seus planos estratégicos, promovendo um olhar mais territorial e não apenas regionalizado.
Ainda no ano passado, o SEBRAE RS promoveu o Congresso Inter-regional com as três regiões participantes do LIDER. Nesse momento iniciou-se a caminhada de uma importante parceria entre a Universidade Católica de Pelotas e a Università Cattolica Del Sacro Cuore, de Milão, com a finalidade de apoiar o planejamento de uma estratégia de desenvolvimento local para as regiões envolvidas, compartilhamento de conhecimento e transferência de informação, uma das primeiras conquistas do LIDER. Desta parceria surgiu o conceito de Governança (composição dos órgãos de decisão e representação) e do Observatório, além do projeto-piloto da cadeia produtiva do vinho.
Principais avanços do Programa
Governança
Estrutura de gestão composta por lideranças dos três grupos. Das 24 lideranças que compõem os comitês dos três grupos, 12 compõem a ‘cabine de direção’. São eles: Otomar Vivian (representante municipal), Walter Lidio (empresário), Derly Fialho (SEBRAE RS), Lia Maria Quintana (Presidente Corede Campanha), Hildebrando Santos (presidente Corede Fronteira Oeste, Ronaldo Maciel (presidente Corede Sul), Neli Abascal (LIDER Campanha), Clori Peruzzo (LIDER Campanha), Luis Oscar Kessler (LIDER Fronteira Oeste), Marcio Amaral (LIDER Fronteira Oeste), José Luiz Kessler (LIDER Sul) e Fernando Estima (LIDER Sul).
Projeto-piloto da Cadeia Produtiva do Vinho
Construído a partir de visitas técnicas à região da Lombardia na Itália para conhecimento do modelo de atuação da universidade italiana junto as empresas da região, em projetos de ciências agrárias, alimentares e ambientais; visitas técnicas a universidades e vinícolas da região Fronteira Oeste; seminários e oficinas de planejamento.
O projeto de desenvolvimento de cinco anos denominado “VINHO&TERRITÓRIO DA CAMPANHA GAÚCHA (2018-2022)” tem o objetivo de apoiar a cadeia produtiva vitivinícola e de desenvolver as atividades de entrada turística no território da Campanha a ela ligadas (eno-turismo). O projeto une, portanto, duas cadeias produtivas distintas: uma agroalimentar e outra de serviços.
Pesquisa “Oportunidades para o desenvolvimento do turismo no Pampa Gaúcho”
Realizada pelo Instituto de Pesquisa de Mercado da Universidade do Vale do Rio dos Sinos (IPM-Unisinos) a partir de uma demanda o Programa LIDER. Analisou o potencial turístico do Pampa Gaúcho e a percepção dos turistas sobre o Rio Grande do Sul e a região, que resultou na proposição de ideias e projetos conceituais de turismo.
Potencial turístico do Pampa Gaúcho
Pesquisa documental + observações in loco em 13 cidades para análise da oferta (de atrativos e infraestrutura); 102 entrevistas qualitativas nas cidades + 30 entrevistas com especialistas para análise dos discursos públicos e identificação das principais narrativas sobre a Região.
Percepção dos turistas sobre o Rio Grande do Sul e a região
Pesquisa bibliográfica + entrevistas qualitativas para elaboração dos questionários.
Aplicação de 1009 questionários, no RS, com pessoas com experiência e/ou interesse em viagens de curta duração.
Análises estatísticas apropriadas.
Principais conclusões
– O Pampa Gaúcho apresenta elementos estéticos bastante particulares e uma história cultural forte e ainda viva. Isso se reflete no jeito de ser do seu povo e está presente em um conjunto de potenciais atrativos fortemente associados à cultura, à história, à natureza e à economia da região.
– As dimensões identificadas como potencialidades não são novas, mas a maneira como se expressam e se tangibilizam no Pampa Gaúcho oferece uma ideia de unicidade e legitimidade – e por isso representam evidentes oportunidades (e norteadores) para o desenvolvimento do turismo.
– A análise do mercado também aponta algumas oportunidades: as pessoas querem conhecer mais a Região. E as características de belas paisagens, atmosfera relaxante e pessoas agradáveis são justamente os três atributos mais importantes na escolha dos destinos turísticos.
– Além disso, há interesse por mais atividades culturais, contato com a natureza, hotéis fazenda e experiências típicas e gastronômicas – expectativas que podem ser atendidas.
No entanto, há pelo menos cinco grandes obstáculos. O primeiro diz respeito à acessibilidade: as distâncias são muito longas. O segundo grande obstáculo diz respeito à necessidade de ampliação da estrutura ao turista. O terceiro é a necessidade do fortalecimento do ecossistema de turismo, uma lógica que reúna diferentes atores. O quarto obstáculo é a ausência da disseminação de uma construção discursiva do que a região tem de bom. Por exemplo, a própria formação da identidade do Gaúcho do Pampa, que decorre das culturas indígena, jesuítica e guerreira, e que resulta naquilo que se é hoje – algo que está vivo e é único. Por fim, o quinto obstáculo: as pessoas não conhecem a Região, não encontram informações e não sabem o que poderiam fazer lá.
A valorização das oportunidades e a superação dos obstáculos passa pela necessidade de ações em diferentes níveis e prazos, pela articulação de diversos atores, e pela respectiva integração de tais atores e ações a partir de um grande projeto.
Observatório para o Desenvolvimento Territorial
Ambiente digital contendo informações atualizadas, completas e úteis para a compreensão da realidade, além de dados e documentos das três regiões que servirão de base e orientação para a tomada de decisões com relação a projetos futuros. É um instrumento fortemente orientado pelo pragmatismo dos fenômenos territoriais e guiado pelas estratégias de análises e intervenção do Programa LIDER.
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