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Da Redação
A startup AgexTec, de Ijuí, foi destaque da segunda turma do StartupRS Agritech, programa do Sebrae RS voltado às startups que desenvolvem soluções para a cadeia do agronegócio. A boa notícia veio em dezembro, logo após a empresa participar do Demoday, um pitch de cinco minutos para uma banca composta por investidores e especialistas de grande destaque do setor. O evento aconteceu na PUCRS, junto com outras sete startups que fizeram parte da segunda turma do Agritech.
A startup agrícola é especializada no monitoramento da evolução de lavouras, condições do tempo, diagnóstico dos solos, modelagem agrícola e programação de algoritmos capazes de reduzir os desperdícios e aumentar a eficiência da agricultura. No Demoday, a empresa apresentou a Ageris, uma plataforma digital totalmente sincronizada com estações meteorológicas (Rebel) próprias, que fazem o monitoramento da ferrugem asiática e indica, em tempo real, as condições ideais para aplicação de defensivos agrícolas. Quase metade dos defensivos são jogados fora por erro de aplicação. Boa parte desses erros ocorrem devido a falta de informações representativas da propriedade como, por exemplo, a baixa umidade relativa do ar, capaz de evaporar os produtos da calda no ar, antes de tocarem os alvos (plantas ou pragas).
“Queremos, através de uma rede de estações meteorológicas, cruzar as informações registradas pelos equipamentos e realizar o monitoramento da ferrugem asiática e, com base nas temperaturas e umidade relativa do ar, traduzir na forma de um semáforo para o agricultor as condições ótimas de aplicação: Spray na cor vermelha piscando no celular, não aplicar; spray amarelo pode aplicar, mas com eficiência reduzida; e o spray verde piscando indica condições ótimas para aplicação. O agricultor não precisa entender ou traduzir os efeitos dessas variáveis e a atualização acontece a cada 5 minutos”, explica o sócio-diretor da AgexTec, Dr. Cesar Fensterseifer.
Através de workshops e consultorias, o StartupRS Agritech ajudou na definição do negócio, a pensar o mercado para os produtos, os benefícios do marketing digital para a divulgação e a comercialização, os melhores canais para projetos em parcerias, até o faturamento. “Proporcionou o ajuste fino do modelo de negócio, maior visibilidade no mercado, e nos permitiu definir de forma mais clara o público-alvo e as estratégias para o crescimento. Durante o programa, concluímos um novo pacote de serviços capaz de garantir maior segurança durante as práticas agrícolas dos produtores rurais. Também aprendemos a agregar valor na comercialização das informações, e a elaborar novos serviços para outros segmentos da economia”, destaca Fensterseifer.
O modelo de negócio acontece em parcerias com cooperativas, revendas agrícolas, escritórios de planejamento e prefeituras, que apresentam a plataforma aos clientes e agricultores. Assim, é possível que, em uma região, eles dividam o custo de implementação das estações meteorológicas de monitoramento e possam pagar apenas uma mensalidade de R$96 por mês para usufruir do sistema. “O valor é equivalente ao custo do erro de uma aplicação em meio hectare” comenta o empresário. Atualmente, a AgexTec possui 4 estações instaladas no Rio Grande do Sul. Até o fim de janeiro, devem ser 10 estações e 22 até o fim de fevereiro.
Sobre o StartupRS Agritech
O programa do Sebrae RS é destinado a startups que desenvolvam soluções, em software ou hardware, que resolvam problemas reais na cadeia do agronegócio. Por meio de consultorias, workshops, mentorias e ações de mercado, o StartupRS Agritech visa validar o modelo de negócios das startups, preparação para vendas e conexão com grandes players do agronegócio por meio de acesso facilitado a eventos, rodadas de negócios, entre outras ações de mercado. São três estágios de desenvolvimento: validação (produto em desenvolvimento), negócio (produto validado) e escala (clientes e faturamento). Os critérios para avaliação são: Inovação, Mercado, Equipe e Modelo de Negócio.
“Nessa segunda turma, tivemos startups de várias partes do Estado. Foi um grupo bem distribuído. Tivemos soluções de agricultura de precisão, fruticultura, entre outros. Foi um grupo bem diversificado e que puderam também trocar experiências entre si, além de aproveitarem as consultorias e workshops para colocar em prática as ideias. Além disso, as startups tiveram a oportunidade de participar de visitas técnicas em propriedades para identificar oportunidades de melhorias nas soluções desenvolvidas, assim como espaços em feiras e eventos como na Expointer”, afirma o gestor de projetos para Economia Digital do Sebrae RS, João Antônio Pinheiro Neto. Saiba mais em https://startups.sebraers.com.br/startuprs-agritech/.
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