Produtores de frutas cítricas participam da Feira Nacional da Agricultura Familiar
Regina Mamede
Rio de Janeiro – A fabricação de óleos essenciais está mudando a vida de cem produtores da Cooperativa dos Citricultores Ecológicos do Vale do Caí – Ecocitrus, do município gaúcho de Montenegro, grande Porto Alegre. Com a extração do óleo da casca de frutas, usado na indústria alimentícia, de cosméticos e de bebidas, o faturamento, que era de R$ 1 milhão há três anos, passou para R$ 2,5 milhões, em 2012.
Com esse crescimento sólido e constante, a Ecocitrus é um dos 27 grupos selecionados pelo Sebrae para participar da 8ª Feira Nacional da Agricultura Familiar e Reforma Agrária (Fenafra) Brasil Rural Contemporâneo, que aconteceu na Marina da Glória, até domingo (25/11), no Rio de Janeiro.
A presença desses empreendimentos foi viabilizada pelo Sebrae por meio do Comércio Brasil – iniciativa que abre canais de comercialização para pequenos negócios, e o Sebrae 2014, programa com o objetivo de potencializar oportunidades geradas pela Copa do Mundo da FIFA para micro e pequenas empresas (MPE).
O produto da Ecocitrus está sendo apresentado ao lado de uma linha de sucos orgânicos de tangerina, laranja e uva, com uma produção anual que chega a 200 toneladas. Interessada em abrir novos canais de comercialização, a Ecocitrus procurou o Sebrae há dois anos. De lá pra cá, a cooperativa já participou de visitas técnicas, rodadas de negócios e de uma feira em São Paulo.
“Cada quilo de óleo é vendido por US$ 100 – cerca de R$ 200. Com apoio do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), participamos de uma feira de orgânicos na Alemanha e fechamos contrato com um distribuidor de pequenas perfumarias francesas. Nosso produto agradou e a venda antecipou o pagamento da próxima safra. Para o produtor de fruta in natura, o repasse dobrou”, comemora Henz.
O gerente comercial da cooperativa, Alceu Ari Heinz, explica que entrar nesse mercado dominado por grandes indústrias é a realização de um sonho de mais de 20 anos. O aprendizado veio ao longo do tempo. Começou com a compra de duas máquinas de beneficiamento da Suíça, por R$ 500 mil. Metade desse valor foi bancada pela cooperativa e a outra parte por financiamento. “Essa parceria tem sido muito boa. O Sebrae abriu-nos novos horizontes comerciais e hoje representa um apoio importante. Nossa maior expectativa com a instituição é aumentar os negócios durante a Copa do Mundo. O Sebrae vai ser muito importante nessa empreitada. Produtos de qualidade, nós garantimos”.
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