Empreendedorismo que Transforma: como manter-se competitivo no mercado

Conheça importantes conceitos que podem mudar a trajetória de uma empresa

Todo empresário quer ter sucesso nos negócios. Muitas vezes, a empresa deixa de crescer da maneira correta pela falta de uma estratégia adequada ou um planejamento que impulsione os negócios. Para um resultado mais efetivo, é preciso ter inteligência competitiva, um bom planejamento de marketing e saber a hora certa de explorar o mercado de nicho, que, em outras palavras, trata-se da relevância para a comunidade em que se está inserido.

O mercado de nicho é um conceito adotado por aquelas empresas com o foco na região. O “mercadinho do bairro”, o “cabeleireiro da esquina”, a “padaria do ‘seu zé’”, a “lavagem do ‘joão’”, entre outros. O gestor de projetos do Sebrae RS Fabiano Zortéa comenta que “os nichos são oportunidades que nascem das mudanças de comportamento dos consumidores. Estar atento a estes movimentos faz parte da condição de ter um negócio.” Segundo ele, atuar em um nicho é deixar de atender uma demanda de forma genérica e ser mais especializado em algo. O consumidor espera isso das marcas e retribui com reconhecimento e recomendação.

Hoje em dia, há um movimento crescente de pessoas que preferem comprar de negócios locais. Muitas vezes, para valorizar o que é produzido naquela região ou até pela afinidade com as características dos pequenos negócios, que possuem escalas de produção e vendas menores e um relacionamento muito próximo com clientes e fornecedores. Ser relevante para uma comunidade é uma maneira de se manter competitivo no mercado local. Os negócios locais podem aproximar as pessoas. “Eles têm uma pegada mais humanizada. Se um pequeno mercado, une-se à floricultura, ao salão de beleza e aos artistas do bairro, o resultado pode ser um festival de final de semana, onde todos vendem e a vizinhança se diverte com segurança, em um clima de pertencimento”, comenta o Zortéa.

Antes de lançar um novo produto ou serviço voltando para um nicho, é importante conversar muito sobre as percepções dos clientes sobre estas possibilidades. Destas conversas podem surgir novas ideias e o momento certo para lançar no mercado. Compreender as oportunidades de nicho pode ser uma chance de tornar o negócio mais produtivo e permitir melhores margens de lucro e de clientes.

Foi o que fez o ciclista Ricardo Oliveira, proprietário da Bike Village, de Porto Alegre. Em 2014, abriu a empresa com o foco nas vendas pela internet. “A forma que eu achei de viabilizar o meu sonho, foi através do e-commerce. Foquei apenas no Enduro, uma modalidade do Mountain Bike. Optamos por isso porque a  procura pelo serviço era muito intensa e não existia uma loja especializada.”

Três anos depois, abriu uma loja física, agregando serviço de oficina para todas as modalidades e ampliando a relação de acessórios para popularizar os serviços. “Para ter mais relevância no mercado local, precisava ter uma loja física. Hoje, a loja física representa 80% das vendas e entramos num outro patamar de renda”, comenta Oliveira.

Hoje, o empresário entendeu bem o conceito de Mercado de Nicho e proporciona muito mais do que uma venda para a comunidade local. Ele organiza passeios de bicicleta por trilhas. E para aproximar os amantes do esporte, dentro da Bike Village, de tempos em tempos, o empresário promove workshops e palestras. Entre os temas já estiveram a hidratação, para pessoas que fazem percursos de 40 km e acabam passando mal; de suspensão e freios, bike fit (conforto da pessoa com o equipamento), cicloturismo, entre outros. Em abril, já está previsto mais um evento de dois dias para tratar de bike packing, modalidade de cicloturismo onde se viaja sem bagageiros e as malas vão amarradas na bicicleta. A loja fica na Av. Ijuí, próximo da Praça da Encol.

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