Fugindo do óbvio: alternativa aos ovos de Páscoa é oportunidade para o setor varejista

Especialista do Sebrae RS afirma que mudança no consumo cria grande possibilidade de negócios para empreendedores do ramo alimentício

atualizado em: 22/03/23

Da Redação

O alto custo do chocolate tem feito com que os consumidores busquem outras formas de presentear familiares e amigos na Páscoa. Se de doces, os tradicionais ovos de Páscoa passaram a ser “salgados” àqueles que procuram uma forma de presentear seus entes queridos, a alternativa é ir além do chocolate. E assim a data pode ser uma oportunidade para os varejistas do ramo alimentício.

Com este contexto posto, os empreendedores precisam encontrar alternativas para atender essa demanda. Segundo o coordenador de A&B do Sebrae RS, Roger Klafke, a data atinge um amplo perfil de clientes, com larga faixa etária, diferentes classes sociais e gêneros, trazendo a necessidade de uma maneira de comunicar que englobe todos esses públicos – como o uso de coelhos – símbolo da data cristã – na identidade visual durante o período.

De acordo com Klafke, embora o período seja marcado fortemente pelos ovos de chocolate, o alto valor por este formato fez com que os consumidores passassem a consumir a iguaria de outras formas como em barras e bombons. “Com o preço dos ovos muito superiores aos demais anos, é bem possível que essa seja, novamente, uma tendência neste ano”, comenta. O coordenador de Varejo do Sebrae RS afirma que uma outra tendência observada é a adesão dos consumidores por outras alternativas de presente como cestas de café da manhã, kits com produtos artesanais e coloniais.

No que diz respeito à experiência do cliente, o Klafke afirma que a jornada de compra deve ser a mais simples possível. “O dia a dia já é complicado o suficiente para que o momento das compras apresente barreiras entre os clientes e os produtos. Por isso, é fundamental garantir que a jornada de compra seja a mais simples possível, ainda mais no meio digital”, ressalta. Com relação aos canais de venda, a orientação do coordenador de varejo é que unir os espaços físicos e digitais, com o objetivo de atender a demandas de clientes que utilizem o acesso virtual para pesquisar características, opções e preços, para posteriormente, efetuar a compra na loja física, por exemplo.

Mais importante que a compra é um suporte de atendimento em caso de trocas, dúvidas, reclamações etc. Para isso, Klafke afirma que o pós-venda é um ponto que deve ser bem observado pelos empreendedores. “O cliente precisa se sentir atendido após o processo de compra. Portanto, estar disponível em diferentes canais para resolver dúvidas é essencial”, destaca.

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