Insight 2018 termina com a expectativa de voltar no ano que vem

Evento aconteceu nos dias 12 e 13/11 e conectou o mundo do empreendedorismo.

O Insight 2018 teve de tudo: troca de experiências, conhecimento compartilhado, interação, muito aprendizado, networking, conexão e boas ideias. Não faltou energia para a maratona de palestras, hackathons, oficinas e desafios. Cerca de mil pessoas passaram pelo Insight, que aconteceu nos dias 12 e 13 de novembro, no ParkShopping Canoas.

Idealizado pelo Sebrae RS, o evento se caracterizou pela proposta disruptiva e descolada, com diversas atividades acontecendo simultaneamente. O Insight serviu, principalmente, para que os jovens desenvolvessem soluções, mostrassem sua criatividade e a importância da interação no ecossistema de inovação.

Foram mais de 30 palestras, algumas simultâneas, em um palco 360º. No centro das atenções estavam temas como futurismo, inovação, investimento em startups e empresas inovadoras, big data, cidades inteligentes, marketing digital, grandes cases, internacionalização e oportunidades para startups. Passaram pelo Insight 2018 nomes como Tiago Mattos (Aerolito e Perestroika), Tito Gusmão (Warren), Camila Achutti (MasterTech), Israel Salmen (Méliuz), Tallis Gomes (criador do Easy Taxi), entre outros.

“Acho que o formato do evento está aprovado. O feedback que a gente teve dos parceiros e do público foi extremamente positivo, já sinalizando sobre a próxima edição. Os espaços de criação, de conexão e de aprendizado conectaram as pessoas de uma forma orgânica. O ambiente, por ser amplamente aberto, permitiu que as pessoas pudessem fazer suas conexões”, comenta a gerente de Inovação, Acesso a Mercado e Serviços Financeiros do Sebrae RS, Danyela Pires.

As oficinas com visões de mercado para o futuro e com muita troca de conhecimento possibilitaram networkings para o Felipe Bedinotto, que mudou a maneira de pensar, depois do Insight. Ele é estudante de ciências da computação e saiu do Alegrete, na região oeste do Estado, para participar do evento. “A minha interação dentro de uma empresa vai ser diferente. Não vou mais ser aquele ‘cara’ que vai ficar quieto. O evento fez eu refletir muito e pretendo mudar a maneira como vou lidar com determinadas situações nos meus futuros estágios”. Felipe também disse que o Insight “trouxe um aprendizado que não vemos em qualquer lugar. É conhecimento que eu vou levar para a minha vida toda”.

“A gente conseguiu muito engajamento através dos Hackathons da Saúde e do Varejo. As palestras também atenderam as expectativas. As oficinas registraram uma procura muito interessante, sempre com a ‘casa’ cheia. O Espaço Like a Boss teve um grande número de empresas que puderam mostrar seus trabalhos para investidores e outras grandes empresas que aqui estavam presentes”, complementa Danyela.

Palestra de Renato Mendes encerrou a programação do Insight 2018

Expectativa é que ocorra uma nova edição do evento em 2019.

“Vou me esforçar para fazer a melhor palestra do evento”, disse Renato Mendes logo que pegou o microfone, no palco 360º do Insight. Junto com a frase inicial, ele mostrou no telão um QR Code e fez um apelo: “eu queria que essa fosse uma conversa que não terminasse aqui. A ideia é que, semanalmente, eu passe algumas dicas do que eu estou lendo e quero contribuir para o crescimento da empresa de vocês”.

Assim começou o último capítulo do Insight 2018. A palestra chamada O segredo da Netshoes: o cliente em primeiro lugar trouxe uma série de reflexões em torno dos novos modelos de negócios.

Renato também disse que o termo da moda é “transformação digital”. As startups estão surgindo para melhorar o que está sendo feito por aí. A Uber, por exemplo, modificou o serviço de transporte das cidades. A Netflix alterou para melhor a maneira como as pessoas assistem à televisão. O sucesso do começo da Netshoes também se deu porque o cliente que comprava algum artigo esportivo fazia isso porque na cidade em que ele morava não tinha loja que vendesse aquele produto. Ou seja, a internet socializou o acesso às informações, aos produtos e deu oportunidades para empresas investirem em lugares onde as limitações geográficas impediam.

“Uma empresa vive de gente”, disse ele. As pessoas têm que fazer parte de uma história que é maior do que ela. É por isso que empresas centenárias estão quebrando e levando com elas milhares de empregos. Segundo Mendes, isso também acontece porque “muitas pessoas acham que a transformação digital é a própria tecnologia. Na verdade, na transformação digital o foco principal é atender o cliente. A tecnologia é a maneira pela qual as coisas são feitas, por onde a ‘coisa’ toda acontece”. Para ele, “uma pessoa com celular na mão constrói e destrói a reputação de uma empresa de uma hora para outra”.

Acessando o computador durante a madrugada, ele se deu conta de que mais pessoas também faziam isso e viu uma oportunidade de negócio. Renato, então, comparou dois modelos de negócios. Um deles, foi como uma empresa da “velha economia” montaria uma estrutura de atendimento para clientes que estão na internet durante a madrugada. Segundo ele, a empresa contrataria 40 funcionários para trabalhar na madrugada e o projeto só seria implementado seis meses depois. A Netshoes contratou uma pessoa para trabalhar quatro horas por noite, de casa. O segredo da nova economia está no seguinte conceito: “não ganha o jogo quem tem a melhor ideia. Ganha o jogo quem aprende mais rápido. Ter uma baita ideia não adianta se ela não for testada e validada para o cliente”, disse ele.

Renato lembrou que somos de uma geração que acha que não pode errar nunca. “Temos que romper esse conceito e aprender que podemos errar e aprender com o erro. O erro é parte da inovação”, completou.

A palestra terminou com uma dica valiosa para os empresários: “é o cliente quem manda. As empresas não precisam criar mais nada, elas têm que escutar o cliente, melhorar o que está ruim e evoluir com isso”.

Oficinas especializadas estavam entre as atrações do Insight.

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