Na FE, a Copa de 2014 está com a bola cheia

Sebrae/RS já mobiliza os pequenos negócios para estarem bem preparados com vistas ao Mundial de Futebol

Da redação

Porto Alegre – A Feira do Empreendedor 2012 abre espaço para a Copa do Mundo que será realizada no Brasil em 2014 e que tem Porto Alegre como uma das cidades-sede. O público que visita a feira pode acompanhar, em um espaço especialmente preparado, dinâmicas teatrais que representam situações de dificuldades para os turistas, e, também, palestras que abordam temas como questões jurídicas, licenciamento, utilização de símbolos e marcas, Fan Fest e áreas de restrição comercial.

A técnica do Sebrae/RS, Amanda Paim, responsável pelo Espaço Sebrae 2014, destaca que as esquetes teatrais apresentadas pelo grupo Franaze Soluções Cênicas, “apontam problemas como o despreparo dos empreendedores para atender de maneira adequada os milhares de turistas que chegam ao país, como foco na dificuldade de compreensão da língua, e, também, nas questões comerciais”. Amanda ressalta, ainda, que “queremos chamar a atenção dos empreendedores para pequenos detalhes que são importantíssimos na hora de prestar um serviço de qualidade aos turistas, que serão em grande número e de várias partes do mundo”.

Segundo ela, o Sebrae/RS também está mobilizado para o grande evento e foca esforços na capacitação e no preparo das micro e pequenas empresas para aproveitarem as oportunidades que a organização e a realização dos jogos estão provocando.   Questões jurícias

As palestras que abordam temas como questões jurídicas, licenciamento, utilização de símbolos e marcas, Fan Fest e áreas de restrição comercial, estão sendo ministradas pelo advogado, pós graduado em direito desportivo, e coordenador do GEDD (Grupo de Estudos de Direito Desportivo),Pedro Zanette Alfonsin.

Segundo ele, faltando pouco menos de dois anos para o início da Copa do Mundo no Brasil, a Fifa, organizadora do evento, está mapeando as áreas ao redor dos 12 estádios que receberão jogos. Funcionários da entidade inspecionam o entorno das arenas e registram os estabelecimentos comerciais que funcionam nos locais. A medida é o primeiro passo prático que a entidade dá para implementar a área de restrição comercial, garantida pela Lei Geral da Copa, que funcionará durante o torneio.

Alfonsin ressalta que a Lei Geral da Copa, sancionada pela presidente Dilma Rousseff em junho, garante para que a organização do evento tem direito a impedir que outras empresas que não as suas patrocinadoras façam campanhas de marketing ao redor dos estádios durante o Mundial. O texto da lei diz que o perímetro da chamada área de restrição pode chegar a um raio de 2 km em volta das arenas. A dona da Copa destina 18 espaços para a divulgação de empresas no seu portfólio de patrocinadores. Desses, 16 estão ocupados. São três níveis de parceria, sendo que na mais cara as empresas chegam a pagar mais de R$ 80 milhões por ano.

A Fifa diz que não proibirá que os empreendimentos estabelecidos nas regiões ao redor dos estádios funcionem durante a Copa do Mundo. Eles estarão restritos, entretanto, a fazer referências à competição. Utilização de imagens como o logo e o mascote do torneio e termos como “Copa do Mundo” e “2014″ para a promoção comercial de produtos são proibidos. O comércio que fica ao redor dos estádios não poderá fazer publicidade de concorrentes de patrocinadores, mas poderá vender os produtos normalmente.

Jogo da Copa  

Outra atração do espaço é o Jogo da Copa, que apresenta as oportunidades mapeadas pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), bem como os requisitos de contratação e de fornecimento para grandes demandantes deste mercado.

Amanda Paim ressalta que “o jogo é a forma interativa de conhecer mais sobre as potencialidades de negócios da Copa”. Ele apresenta aos participantes o mapa de oportunidades que Porto Alegre e o Rio Grande do Sul podem ter com a Copa e dá uma ideia geral dos caminhos que o empreendedor precisa percorrer para aproveitá-las. “É um exercício de preparação para as oportunidades que serão geradas para a Copa”, explica Amanda.

Sete equipes formadas por quatro participantes disputam o desafio em sessões de uma hora. Em cada fase, as equipes somam pontos a partir da identificação de setores mais promissores, gestão eficiente, soluções apontadas pelo Sebrae, entre outros. No final, a equipe que tiver mais pontos ganha.

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