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Da Redação
O Sebrae RS e o Banrisul desenvolveram a pesquisa O Panorama da Economia Criativa, que mapeou o perfil dos empreendedores e as principais atividades de economia criativa de Porto Alegre. O resultado completo foi apresentado nesta terça-feira, 12 de novembro, no Espaço Sebrae de Negócios (Rua Salgado Filho, 135). A iniciativa faz parte do programa Pacto Alegre – projeto para o desenvolvimento sustentável e melhorar a qualidade de vida na capital gaúcha, através da união de esforços.
A pesquisa mostra que existe um grupo com mais de 20 atividades consideradas de economia criativa, com destaque para a Moda e a Gastronomia. O levantamento também aponta que 60% deles acreditam que têm um bom produto, mas possuem um modelo de negócio frágil e entendem que precisam aperfeiçoá-lo. “Isso mostra que há uma dificuldade dos empreendedores em se preparar para o mercado. Muitos negócios terminam nas fases iniciais porque o empresário não se preparou adequadamente para começar”, destaca a coordenadora de projetos de turismo e economia criativa do Sebrae RS, Amanda Paim.
Para ela, através do levantamento é possível notar que existe uma vontade de empreender, mas alguns deles não sabem como viabilizar essa iniciativa. “O empreendedor se prepara pouco porque tem pouca preocupação de escalar o negócio, investe de forma moderada e fica num círculo limitado. Vemos que a economia criativa tem potencial, mas o empreendedor precisa investir com uma visão mais empresarial e não como um hobbie. Muitos fazem porque gostam, sem pensar na atividade como um negócio”, reconhece a gestora.
O empreendedor criativo de Porto Alegre
53,5% feminino
33% de 35 a 44 anos
37,7% possui ensino superior completo
63,3% não tem curso de gestão
42,28% tem na sua iniciativa a única fonte de renda
65% exerce o trabalho porque gosta, não por necessidade ou oportunidade
41% não tem formação na área do empreendimento
87,7% reconhece como pertencente à economia criativa
13,1 é o tempo médio (em anos) de experiência na área do negócio
46,6 horas por semana é o tempo médio de trabalho
1 a 3 salários mínimos é a média de renda com o empreendimento
Ações que ajudam a melhorar
Além dos resultados do estudo, foram apresentadas algumas ações que serão implementadas pelo Sebrae RS para apoiar o crescimento do segmento de economia criativa no Estado. Entre elas, estão a ferramenta “perfil empresarial”. Trata-se de um atendimento que avalia a maturidade de cada área do negócio já estruturado. Através dele, identificam-se os principais pontos de gestão e os níveis de maturidade de cada empresa como a gestão financeira, o marketing e o planejamento geral.
Outra ação é o “atendimento para modelagem de negócio”, em que será possível avaliar todas as oportunidades de mercado, capacidades de investimento, validação do negócio, entre outros. “A partir disso, é possível fazer um ‘plano de desenvolvimento’ para que o empresário consiga melhorar e desenvolver o negócio”, comenta Amanda. A terceira ação apresentada trata da “prototipação do negócio”. Através dela serão oferecidas modelagens de negócios e protótipos dos produtos, pois há muitos empreendedores que estão em estágio inicial. Ela serve basicamente para analisar se o produto tem viabilidade comercial e como ele se vende para entrar no mercado.
“Ao contrário do que fizemos anteriormente, quando atuamos através de projeto coletivo de empresas, desta vez focaremos em atendimentos individualizados, conforme o interesse e a necessidade de cada empreendedor. Além disso, o Espaço Sebrae de Negócios está aberto e à disposição destas empresas para que façam reuniões, eventos, networking”, explica Amanda Paim.
Novidade
Hoje também foi lançado o “Mercado Inquieto da Economia Criativa”, um grande evento com workshops e palestras para tratar da economia criativa em Porto Alegre e, também, para dar visibilidade aos negócios. A ação, que tem parceria do coletivo Poa Inquieta, do programa RS Criativo e do Sebrae RS, acontecerá nos dias 23 e 24 de novembro na Casa de Cultura Mario Quintana, em Porto Alegre. “É um evento pensado e estruturado com base nos gargalos que surgiram no estudo, como visibilidade e crédito financeiro”, comenta a gestora do Sebrae RS.
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