Pequenos negócios têm geração recorde de empregos para o mês de junho nos últimos cinco anos

Conforme levantamento do Sebrae, com base em dados do Caged, as micro e pequenas empresas contrataram mais de 387 mil trabalhadores no primeiro semestre deste ano

No setor de Serviços, as MPEs do ramo imobiliário tiveram destaque, gerando 18,5 mil empregos.

O número de empregos criados pelos pequenos negócios no mês de junho registrou o melhor resultado para este mês nos últimos cinco anos. Segundo análise do Sebrae, realizada a partir de dados do Cadastro-Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério da Economia, foram criados 52,7 mil postos de trabalho nesse segmento. Com isso, pela quinta vez neste ano, os pequenos negócios sustentaram a geração de empregos no país. A análise do Sebrae aponta que as médias e grandes corporações, pela segunda vez consecutiva, mais demitiram do que contrataram, registrando saldo negativo de 4,8 mil empregos. Agregando-se o resultado da Administração Pública a esses saldos, no total, foram gerados no país, em junho, 48.436 postos de trabalho. 

No primeiro semestre de 2019, os pequenos negócios já respondem por 387,3 mil empregos. “Nosso levantamento mostra que o potencial de geração de emprego pelas micro e pequenas empresas é bem superior ao das médias e grandes, tendo sido nesse mês de junho 70 vezes maior. É um importante indicativo de que estamos no caminho certo para a retomada da economia brasileira, que encontra nas MPEs a grande força geradora de emprego e renda”,

analisa o presidente do Sebrae, Carlos Melles. O levantamento do Sebrae mostra que as MGE acumularam um saldo de apenas 5,5 mil empregos nos seis primeiros meses deste ano, 80% menor que o gerado por elas em igual período de 2018.

No mês de junho deste ano, a criação de vagas nos pequenos negócios foi sustentada pelo setor de Serviços, com 31,7 mil vagas, o equivalente a 60% do total gerado por esse nicho de empresas. No setor de Serviços, as MPEs do ramo imobiliário tiveram destaque, gerando 18,5 mil empregos. Além disso, sobressaíram-se também os pequenos negócios da Agropecuária, com a abertura de 10,7 mil empregos, seguidos pela Construção Civil (mais 9,2 mil). As micro e pequenas empresas da Indústria de Transformação e do Comércio, entretanto, registraram saldos negativos de, respectivamente, 1,7 mil e 275 em junho de 2019. Também no acumulado do primeiro semestre deste ano, foram os pequenos negócios do setor de Serviços que sustentaram a criação de postos de trabalho no país, com 213,8 mil contratações, 55,2% do total de empregos gerados por todo o conjunto de pequenas empresas nesse período.

Os pequenos negócios da Indústria de Transformação assumiram a segunda posição no ranking setorial, com a criação de 56,6 mil empregos, sendo seguidos pelas MPEs da Agropecuária (mais 54 mil empregos). Já as micro e pequenas empresas que atuam no Comércio registraram, no primeiro semestre de 2019, demissão líquida de quase 50 mil trabalhadores. A maior parte das admissões com carteira assinada aconteceram entre as MPEs do estado de São Paulo, com a criação de 15,2 mil postos de trabalho, acompanhadas pelas MPE de Minas Gerais (mais 14 mil empregos). Isso fez com que o Sudeste assumisse a liderança na criação de vagas de trabalho no mês de junho deste ano (mais 33 mil empregos), sendo seguido pelos pequenos negócios da região Centro-Oeste (mais 11,6 mil vagas).

Veja Mais