Pesquisa do SEBRAE/RS mostra melhora no índice de otimismo dos empresários

Resultado da Pesquisa Expectativa dos Pequenos Negócios Gaúchos mostra que o final do ano chega com clima de esperança diante das dificuldades enfrentadas em 2015

Da Redação

Porto Alegre – A Pesquisa Expectativa dos Pequenos Negócios Gaúchos para o 4º trimestre de 2015 confirma que o final do ano é mesmo um período de ânimos renovados. Promovido pelo SEBRAE/RS, o levantamento busca junto aos empresários de micro e pequenas empresas uma amostra de como percebem o ambiente de negócios. O índice de expectativa, que vinha acentuando um declínio ao longo do ano, apresentou uma melhora nesse trimestre, contabilizando 57,96 pontos. O resultado no trimestre anterior tinha sido de 54,31 pontos.

A pesquisa é um projeto coordenado pela Gerência de Gestão Estratégica do SEBRAE/RS desde 2013. Ela aponta, em uma escala de zero a 100, onde zero é “muito pessimista” e 100 é “muito otimista”, como os empreendedores esperam os resultados das vendas ou serviços que prestam aos consumidores. Esta edição foi apurada entre os dias 14 e 30 de setembro, com a participação de 598 Microempreendedores Individuais e 600 diretores de micro e pequenas empresas do Rio Grande do Sul, dos setores da indústria, comércio e serviços. O estudo é realizado trimestralmente e tem margem de erro de 1%.

De acordo com a responsável pelo trabalho, a técnica do SEBRAE/RS Andréia Grätsch do Nascimento, o indicador final pode ser considerado uma amostra bastante fiel não só de expectativa de negócios, mas também de postura sobre como encarar as necessidades do cenário econômico atual. “Em um ano de dificuldades, onde muito se fala de crise, de cautela com investimentos, de queda do consumo, uma pequena melhora de resultado de expectativa revela que o final do ano ainda é a melhor fase para muitos negócios”, diz.

Na análise por porte de empresa, a pesquisa para o 4º trimestre indica que, tanto os Microempreendedores Individuais (MEIs) quanto as Micro e Pequenas Empresas (MPEs) responderam com otimismo sobre melhorar a atividade do trabalho, sendo que nos MEIs, o crescimento em relação ao trimestre anterior foi de 3,6 pontos, enquanto nas MPEs foi de 3,34 pontos.

Por se tratar de uma projeção de negócios, a maioria dos empresários que respondeu à pesquisa do SEBRAE/RS, 92%, afirmaram que estão procurando manter o número de pessoas que trabalham na empresa. “Ou seja, a ideia de demitir nem sempre está entre as decisões mais imediatas diante das dificuldades, pois diante de uma mínima melhora, como é a do final do ano, os custos de recontratação poderiam ser mais altos”, avalia Andréia. Talvez essa seja a explicação para o alto volume de respostas (85,9%) para a expectativa de manutenção do custo financeiro dos negócios, bem como o de manutenção do custo operacional (74,8%).

Como se organizar até 2016?

A Pesquisa Expectativa dos Pequenos Negócios Gaúchos questionou os participantes sobre medidas para enfrentar o período. Além de 69,6% terem dito que a grande questão é a revisão de custos, chama atenção a intenção de 32,1% dos empresários planejarem ou organizarem algum tipo de promoção para atrair clientes.

“A realização de promoções, geralmente, é uma estratégia de acerto, pois, de fato, corresponde ao desejo de muitos consumidores em se sentirem premiados pelas marcas que consideram importantes em suas rotinas”, explica a coordenadora da pesquisa. Nesse sentido, vale ressaltar que boa parte dos empresários respondeu também sobre a intenção de investir em novos produtos ou serviços. “Isto demonstra uma certa conscientização de que em períodos de crise existem oportunidades de melhorias que fidelizam e atraem clientes”, argumenta Andréia.

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