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Da Redação
Porto Alegre – A Capital dos gaúchos ainda pode ser reconhecida por sua pujança econômica, apesar da crise que afeta o País e o Estado. Além do maior potencial de consumo do Rio Grande do Sul, Porto Alegre também registrou um crescimento de cerca de 10% nesse indicador em relação ao ano passado. A comparação pode ser obtida a partir da análise do Perfil das Cidades Gaúchas, um estudo exclusivo elaborado pelo SEBRAE RS, que compila 62 indicadores das 497 cidades do Estado. Para cada localidade está disponível uma publicação digital exclusiva com dados, gráficos e comparativos aqui.
A principal novidade deste ano é a inclusão dos indicadores do setor agrícola. Para o diretor-superintendente do SEBRAE RS, Derly Fialho, as informações são essenciais para a competitividade de um Estado que têm na área rural uma de suas principais forças. “Os números tornam-se ainda mais interessantes quando se analisa a conjuntura atual de surpersafra de grãos, que deve injetar R$ 29 bilhões à economia gaúcha, segundo dados do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), referente a junho”, destaca.
Neste novo segmento estão números ligados ao rendimento médio por hectare, por exemplo, que destaca nove municípios da Serra Gaúcha na lista dos dez primeiros colocados. O perfil também apresenta dados sobre área plantada, valor total da produção e os municípios com maior criação de gado bovino, bubalino, ovinos, galináceos, entre outros.
A capital dos contrastes
Porto Alegre, que possui uma pequena área rural se comparada aos setores de comércio e serviços, não aparece com destaque nos dados agrícolas, mas está no topo da maioria dos indicadores econômicos. “A Capital gaúcha não só é a primeira colocada em potencial de consumo no Estado, como também registrou um crescimento nesse valor, que passou de R$ 44,55 bilhões em 2016 para uma estimativa de mais de R$ 48 bilhões em 2017”, informa o gerente de Gestão Estratégica do SEBRAE RS, André Campos, responsável pelo estudo. Sozinha, Porto Alegre registra um potencial de consumo maior do que cinco grandes cidades do Estado somadas, Caxias do Sul, Canoas, Santa Maria, Pelotas e Gravataí.
Outro dado que se observa, talvez por conta da crise e também por oportunidades para empreender, é a expansão do número de Microempreendedores Individuais (MEIs), que passavam de 57 mil até junho de 2017, um aumento de 19,3% em relação ao mesmo período do ano anterior. No entanto, embora seja destaque em negócios de pequeno porte, o município ainda concentra suas compras públicas em grandes empresas e ocupa o penúltimo lugar nesse ranking com 12,18% de aquisições de MPEs, só perdendo para Sapucaia do Sul, a última colocada. “Isso mostra que há um mercado a explorar para os pequenos negócios e também uma oportunidade para o poder público, de estimular o desenvolvimento econômico e as micro e pequenas empresas locais”, analisa Campos.
A observação dos números da capital do Estado também aponta um dado preocupante: o aumento do índice de mortalidade infantil. Em 2012, a cidade havia registrado 9,2 mortes para cada mil nascimentos. “No último levantamento, de 2014, foram 9,8 óbitos para cada mil nascimentos, ainda dentro do patamar aceitável pela Organização Mundial de Saúde, mas que serve de alerta para as autoridades”, ressalta o gerente.
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