Público também é atração da Gamescom na Alemanha

Um dos mais importantes eventos do segmento de jogos digitais do mundo tem participação de cinco desenvolvedoras gaúchas.

O segundo dia da Gamescom, uma das principais feiras de entretenimento interativo do mundo, foi marcado pela participação dos visitantes. O evento que iniciou ontem em Colônia, na Alemanha, abriu as portas para o público nesta quarta-feira, 22 de agosto, e já recebeu milhares de pessoas interessadas nas novidades e em serem os primeiros a experimentar jogos que ainda não foram colocados no mercado. A feira vai até o dia 25 de agosto.

O Rio Grande do Sul tem cinco representantes entre os expositores. Eles fazem parte do estande coletivo da Associação Brasileira dos Desenvolvedores de Jogos Digitais (Abragames): Aquiris Games Studio, a Canvas Games, a Epopeia Games, a Loomiarts e a Nano Biztools. Ao todo, são 17 empreendimentos nacionais que integram o espaço Brazil Games. As representantes gaúchas têm o apoio do Governo do Estado e do Sebrae RS.

A Gamescom apresenta as novidades do mundo de games e é uma plataforma central para a indústria de jogos de computador e videogames. Em 2017, a feira atraiu 355 mil visitantes, 919 empresas de 54 países em 201 mil metros quadrados de espaço de exposição.

O gerente de Indústria, Comércio e Serviços do Sebrae RS, Fábio Krieger, acompanha a missão e ficou impressionado com abertura dos portões ao público. “A feira vira uma loucura, trens lotados, jovens vestidos das mais diversas formas, inspirados em mangás e personagens”. Uma característica interessante é que empresas produtoras de games guardam seus pré-lançamentos para estrear no evento. O objetivo é fazer com que as pessoas testem os demos. “No primeiro dia, que era exclusivo para o público especializado, já havia filas de três horas de pessoas aguardando para experimentar durante 10 a 15 minutos um jogo que ainda não foi lançado”, contou Krieger.  

Onde grandes e pequenos se encontram

Players gigantes como Nintendo e Xbox marcam presença na Global Games, não só com espaços institucionais, mas também com estandes exclusivos de jogos, como o Fifa 2018, que ocupa quase um pavilhão inteiro. Roupas, brinquedos e jogos associados aos games têm sua área. E os estreantes e desenvolvedores menores também estão expondo. No Pavilhão Internacional, representantes de países como Coreia, Colômbia, Estônia, Holanda, China, Suécia e Brasil apresentam suas novidades. É o caso, por exemplo, de Carlos Idiart, da Nano Biztools, uma produtora de games e soluções digitais com sede na Vila Flores, em Porto Alegre. “No primeiro dia, a gente conseguiu fazer reuniões que foram até fora do sistema de matchmaking, promovido pelo evento. Esses encontros foram importantes para futuros negócios. Tivemos a oportunidade de fazer contato com pessoas que já estavam em nosso radar”, revela.

Gustavo Silveira, da Epopeia Games, de Porto Alegre, teve uma estreia produtiva. Foram três reuniões oficiais com empresas do Chile, Estados Unidos e Canadá. “Às vezes, os encontros com que a gente menos espera são os melhores. Isso aconteceu ontem com os norte-americanos”, conta. Para o segundo dia, as perspectivas são positivas. A produtora tem 10 reuniões agendadas. “É sempre bom vir aos eventos, porque isso faz com que a gente se conecte com o mundo todo”.

O balanço do primeiro dia de reuniões do grupo gaúcho na Gamescom foi bastante diversificado  internacionalmente. “Foram 52 contatos com empresas do Brasil, Estados Unidos, Rússia, China, Canadá, Alemanha, Áustria, Chile, Suíça, Lituânia, Espanha, Inglaterra, França, Canadá, Índia, EUA, Polônia, Holanda e Israel”, finaliza Krieger.

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