Sim, nós podemos ajudar!

“Posso ajudar?”. Pergunta comum estampada na camiseta de personagens atuantes do setor varejista. Questionamento simples, mas se tiver essência genuína da vontade de estar ali, é também a porta de entrada de uma atitude altruísta e progressista. Essência e atitudes verdadeiras e embasadas na vontade de servir que pautam a condução das nossas ações na região central do Estado.  

É importante, antes de mais nada, trazer um pouco das ações que estão pautando a atuação da organização para este ano, cujo pano de fundo está ancorado na construção coletiva de cenários futuros. Em 2022, contamos com representantes estratégicos da região que co-criaram situações de futuros possíveis dentro de ângulos multidimensionais, como Equidade Digital, Novas Economias e Setores Emergentes, Prosperidade dos Microterritórios e Juventude Empreendedora.  

Antes de mirarmos o futuro, é necessário olharmos o presente. De acordo com os Planos Estratégicos de Desenvolvimento Regional – 2015 – 2030, da Secretaria de Planejamento do RS, nossa região possui um desenvolvimento socioeconômico de nível médio, um ecossistema de inovação em fase de desenvolvimento, sendo o oitavo PIB do Estado e o terceiro em per capita. A principal atividade econômica da região é o agronegócio, além da  com vocação para turismo e setor da saúde. Em termos logísticos, a localidade é um importante ponto de ligação entre o chamado “arco da fronteira”, a Capital do Estado e o Porto de Rio Grande. Temos uma população rural em queda, com migração para centros urbanos, além de um envelhecimento populacional acima da média do Estado. 

De olho no que vem à frente, queremos nos tornar um local vibrante de inovação e empreendedorismo, uma região exportadora de tecnologias que tem nas universidades um celeiro de empreendimentos para novas economias e isso pode ser feito através do fomento às juventudes empreendedoras e por meio da busca pela prosperidade dos microterritórios.  

Esta transformação pode ocorrer se abrirmos espaço para novas lideranças locais e desenvolvermos os jovens para que ocupem tais posições. Além disso, é preciso construir uma base forte entre empresários, governo, universidades e sociedade civil, com trabalhos mais coordenados e unificados, com parcerias público-privadas, por exemplo. Faz-se necessário também repensar as cadeias produtivas e o associativismo. Os jovens são os principais atores desta mudança e necessitarão de mais qualificação e novas formas de aprendizado. Para dinamizar a região e a economia local o principal desafio é a falta de infraestrutura logística, principalmente rodoviária. 

Em termos de novas economias, certamente a tecnologia no agronegócio (agrotech) parece ser a principal aposta, embora os setores da economia criativa e turismo mereçam um importante destaque em nossa região. Para alavancar o desenvolvimento, é preciso infraestrutura e acesso a programas de requalificação local, educação empreendedora, maior integração local e regional, e novos mecanismos de investimento nos quais a economia madura tenha papel fundamental no financiamento das novas economias. 

Para que tudo isso se torne realidade são necessários projetos e ações práticas construídos para justamente “criar” o futuro, focados nas vocações, potencialidades e necessidades de nossa região, trabalhando tanto em nível empresarial para o aumento da competitividade individual e coletiva dos pequenos negócios, quanto em nível estrutural e sistêmico, junto com o poder público e universidades.  

De toda forma, afirmo que o Sebrae RS está engajado, junto a todas as esferas, mecanismos e poderes, em criar o futuro. De modo que tenhamos um desenvolvimento regional sustentável e que supra as necessidades do mercado e da população local.  Dessa maneira, reitero que sim, nós podemos ajudar.   

MAICO FABIANO – GERENTE REGIONAL CENTRO DO SEBRAE RS 

Veja Mais