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Da Redação

Esteio – Os desafios da sucessão familiar foram discutidos nesta quarta-feira, 2 de setembro, no fórum promovido pelo Programa Juntos para Competir e Canal Rural, que teve como tema “Sucessão e Profissionalização nos Negócios Rurais Familiares”. O evento lotou o auditório da Casa RBS na Expointer 2015, em Esteio com a participação de autoridades e produtores rurais do interior do Estado.
O diretor-superintendente do SEBRAE/RS, Derly Fialho, que acompanhou o evento, observou que cada vez mais é preciso preparar o homem do campo, especialmente as novas gerações. “O momento é muito oportuno para discutir o assunto. “As propriedades rurais contam com mais recursos do que no passado, como energia elétrica, internet e canais de televisão. Isso influencia a decisão dos jovens em permanecer ou não no interior”, disse.
O consultor Ben-Hur Xavier foi o primeiro palestrante e destacou que apenas 5% das famílias chegam à terceira geração no comando dos negócios. Ele destacou que, nos casos da primeira geração, as características comuns são a união total pelo trabalho e o reinvestimento pleno dos recursos obtidos com o negócio. Já na segunda geração, são mais comuns as crises e as brigas pelo poder. “Os pais precisam ter um diálogo aberto com os filhos sobre o assunto. O maior desafio é a profissionalização da família, mas é preciso ter um clima favorável para isso. Os filhos são herdeiros, mas nem todos são sucessores”, ressaltou.
A produtora rural Yara Suñé, de Lavras do Sul, contou sua experiência de passar por dois processos sucessórios em sua propriedade. Primeiro, com a morte do pai e depois com o falecimento da mãe. “Não tínhamos plano de gestão e passamos muitas dificuldades na primeira vez. Na segunda, como já estava trabalhando na propriedade, a transição foi mais fácil. Hoje temos regras bem claras no negócio”, disse.

Produtor de leite no município de Travesseiro, Alexandre Becker relatou a sucessão que ocorreu em sua propriedade, que começou com seu bisavô em 1912. Atualmente, seu filho de 17 anos está se formando como técnico agropecuário e cogita recusar um convite para estudar na Alemanha para ficar no campo. “Acredito que a propriedade precisa ser gerida como em uma empresa, analisando o lucro e se é viável ou não permanecer nela”, afirmou.
O gerente setorial de Agronegócios do SEBRAE/RS, João Paulo Kessler, enfatizou que o Programa Juntos Para Competir se envolve diretamente com o tema, possibilitando a incorporação de tecnologia, acesso aos mercados e informação. Ele também ressaltou a importância do diálogo entre pais e filhos. “É fundamental se aprofundar no assunto, pois muitas vezes os jovens não vêem os negócios da mesma maneira que os pais. É preciso planejar. Antes via a sucessão como uma mera substituição, mas é muito mais amplo que isso”.
O técnico do Senar-RS, Antônio Aguinaga, sustentou que o programa busca promover aumento na renda dos produtores, o que favorece a permanência dos jovens no campo. “O Juntos Para Competir oferece vários serviços e elementos que podem contribuir nesse processo”, declarou.
Uma das mais atentas ao debate era a jovem Aline Rosane Reitzer, filha de produtores rurais de Vera Cruz, na Serra Gaúcha. Participante de uma missão de produtores organizada pelo SEBRAE/RS à Expointer, ela disse que o fórum foi uma boa oportunidade para auxiliar na sua decisão de permanecer ou não na propriedade da família. Sua irmã mais velha é casada e mora na propriedade do marido. “Estou me formando como técnica agrícola e ainda não decidimos como vai ser a sucessão, mas os debates me deram mais subsídios”, comentou.
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