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Da Redação
Três equipes gaúchas são finalistas do Desafio Liga Jovem Sebrae, iniciativa criada para fomentar ideias e projetos de impacto social que foram elaborados por estudantes de todo o Brasil. Os integrantes das equipes finalistas do RS já estão em São Paulo, onde acompanharão o anúncio dos vencedores na próxima quinta-feira, 28. Esta é a segunda edição do Desafio Liga Jovem, que passou de 6 mil participantes no ano passado para mais de 50 mil nesta edição.
São premiadas quatro categorias: Ensino Fundamental, Ensino Médio, Ensino Profissional e Ensino Superior. As equipes vencedoras recebem como prêmio um notebook para cada componente e partirão em missão internacional para Lisboa, em Portugal, no mês de fevereiro de 2025. A viagem para a cidade européia é financiada com recursos do Sebrae e tem como parceiro o Instituto Ideias de Futuro, de São Paulo.
Os projetos finalistas do RS trazem soluções para problemas relacionados à violência sexual dentro de casa (idealizado pelo coletivo Luísa Marques, formado por estudantes da Escola Municipal de Ensino Fundamebtal Saint Hilaire, de Porto Alegre); deslizamento de solo em locais de vulnerabilidade social (da Equipe Técnica Estadual Frederico Guilherme Schmidt, de São Leopoldo); e a baixa de representatividade feminina na política (estudantes do Instituto Federal Sul – campus Sapiranga).
Segundo a analista de políticas públicas do Sebrae RS Vanessa Motta, a proposta da competição é que os estudantes identifiquem problemas reais nas suas comunidades e desenvolvam projetos para fazer frente a essas questões. Durante todo o processo, recebem treinamento do Sebrae para a elaboração e viabilização das iniciativas.
“No ano passado, uma equipe de Porto Alegre foi a vencedora, com um projeto que partiu da necessidade de se tratar a questão da menstruação na escola. Foi elaborado um livro para orientar as meninas, familiares e comunidade, além do que foi criado um kit de absorventes reutilizáveis, que foi distribuído e também comercializado. A experiência nos mostra que é possível criar e colocar em prática as soluções”, conta Vanessa.
Saiba mais sobre os finalistas gaúchos
Ensino fundamental
Coletivo Luísa Marques (Escola Municipal de Ensino Fundamental Saint Hilaire, de Porto Alegre-RS) foi vencedor da 1ª edição do desafio, no ano passado. A partir dos relatos de colegas sobre violência sexual dentro de casa, as alunas criaram, há cinco anos, o projeto Chama Violeta. A iniciativa consiste em um curso e uma sacola pedagógica com material para encorajar as crianças a denunciarem a violência sexual. A iniciativa já impactou mais de mil estudantes, além de professores e profissionais da saúde. Só neste ano, depois de aplicar a metodologia na escola, mais de 300 estudantes fizeram denúncias.
Vendo o impacto da metodologia no território, as alunas decidiram empreender e criaram a plataforma Lute como uma Guria, que reúne trilhas e cursos assíncronos, com metodologia inédita, destinados a professores e famílias para abordar e combater à violência sexual.
Ensino Profissional
O Projeto AGAIA foi realizado por estudantes da Escola Estadual Frederico Guilherme Schmidt, de São Leopoldo. Viver em áreas de vulnerabilidade, onde as chuvas podem transformar o solo em uma ameaça silenciosa, é uma realidade aterrorizante. O Projeto AGAIA consiste em um dispositivo de detecção e alerta para deslizamento do solo argiloso em locais de vulnerabilidade social. O dispositivo é capaz de detectar o acúmulo de água no solo durante as chuvas e disparar um sistema de sirenes audiovisuais que indica a necessidade de evacuação do local quando houver saturação do solo em um nível próximo do crítico. O projeto já estava em andamento quando ocorreu a enchente de maio, que afetou o município de São Leopoldo e membros da equipe.
Ensino Médio
Igualdade de gênero na política foi o projeto realizado por estudantes do Instituto Federal Sul – campus Sapiranga. A iniciativa tem como objetivo contribuir para promover a igualdade de gênero na política, disseminando conhecimento sobre a importância da representatividade feminina. Consiste na promoção de intervenções pedagógicas, atividades lúdicas, online e físicas, palestras ou produtos físicos, principalmente no ambiente escolar. Para isso, foi criado o APP EducaIGP, que disponibiliza produtos físicos para venda e outros gratuitos.
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