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Da Redação
Uma das mais belas regiões de Portugal, o Alentejo, foi cenário para mais uma visita técnica da comitiva de 15 vinícolas gaúchas em Portugal. Na ocasião, o grupo visitou o empreendimento L’and Vineyards, condomio vitícola caracterizado pela junção de design, da sofisticação e da cultura do vinho. No mesmo dia, os empresários conheceram a Corticeira Amorim, responsável pela fabricação de um dos principais insumos de quem trabalha na produção de vinhos a rolha e seus derivados. A missão conta com apoio do Governo do Estado do Rio Grande do Sul, Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin), Vinhos do Brasil, e da vice-cônsul de Portugal, Adriana de Melo Ribeiro. A programação segue até o dia 12 de maio.
Apesar de o vinho não ser o principal atrativo, o hotel L’and Vineyards se tornou referência para quem planeja empreender no segmento de enoturismo. O gerente de Comércio e Serviços do Sebrae RS, Fábio Krieger, conta que o local possui 40 casas e 30 apartamentos. “Ainda que a hospedagem seja o foco maior, o vinho também faz parte da experiência. O local enriqueceu as nossas visitas técnicas por conta das questões de design, paisagismo e inovação. É possivel ver as estrelas pois o teto é reclinável. Tem ainda o SPA com tratamentos a base de uvas e vinhos e uma linha de produtos de saúde e beleza”, conta.
Para a proprietária da Estância Paraízo, localizada na Região da Campanha, Victoria Mércio, a união da cultura do vinho com a hotelaria foi o ponto que mais marcou a visita. “O projeto arquitetônico e a experiência enogastronômica me chamaram muito a atenção. É muito interessante ver como a viticinicultura pode ser a base de uma gama infinita de projetos”, ressalta.
A outra ponta da cadeia produtiva
Para conhecer como funciona a produção da rolha, um dos principais insumos para vinhos e espumantes, o grupo visitou a Corticeira Amorim, fundada há 140 anos e posicionada como líder mundial no setor. Fábio Krieger explica que foi um importante ponto na programação para que os empresários tivessem uma dimensão maior da cadeia produtiva. “Acompanhamos todo o processo de fabricação do disco da rolha. Essa unidade fabril que visitamos produz onze milhões de discos por dia. Ano passado, o número foi de 5,4 bilhões de rolhas”, impressiona-se.
Nesse processo produtivo observado pelo grupo, a questão da sustentabilidade também foi destaque. Na unidade de fabricação nada é desperdiçado. “Existem diversas classificações de produtos e subprodutos, a rolha é apenas um deles. Por último, temos uma espécie de pó, que é aspirado e transformado em uma biomassa que gera energia”, conta a técnica. Com isso, 60% da energia utilizada nas dependências da fábrica é derivada dessa biomassa, e os 40% restantes é energia comprada.
O reaproveitamento da cortiça resulta, ainda, em material para isolamento térmico e acústico, insumo para produção de calçados e bolsas, além de revestimentos utilizados na indústria moveleira.
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