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Da Redação
A sétima edição da pesquisa Monitoramento dos Pequenos Negócios na Crise promovida mensalmente pelo Sebrae RS faz uma análise retrospectiva do período e mostra como os empreendedores reagiram e estão se posicionando diante dos desafios. O levantamento mostra que, nos últimos meses, mais de 80% das empresas estiveram fechadas ou com restrições de operação. Em decorrência do agravamento na situação da pandemia, houve uma redução das empresas em atividade, passando de 89% em novembro para 86% em dezembro. Entre as empresas que não estão funcionando no último mês do ano, 20% fecharam definitivamente suas portas, enquanto em novembro foram 4%. O percentual de encerramento de atividades em dezembro é o mais alto da série.
A remodelagem dos negócios foi uma realidade para boa parte dos empresários ao longo destes últimos meses, atingindo o menor percentual em julho (10%) e o maior em novembro (25%). Em dezembro, 13% sinalizaram estarem remodelando seus negócios. Para alguns a expectativa para os próximos 30 dias não é otimista e 9% dos entrevistados adiantaram que irão encerrar as atividades. Os setores de comércio e serviços foram fortemente impactados pela pandemia no ano de 2020, e para os próximos 30 dias são os setores com maior percentual de indicação de fechamento definitivo. No entanto, 50% mantêm expectativa de manutenção dos negócios para os próximos 30 dias e 20% esperam expandir, o mesmo percentual observado em agosto.
“A pesquisa indica que a percepção dos empreendedores ainda é de muita cautela em relação ao médio e longo prazo, o que redobra a nossa responsabilidade e multiplica a nossa disposição em permanecer ao lado dos pequenos negócios com apoio e orientações para que possam continuar gerando emprego e renda”, afirma o diretor-superintendente do Sebrae RS, André Vanoni de Godoy.
Algumas mudanças que foram implementadas nas empresas durante a pandemia serão mantidas no pós-pandemia. De acordo com a pesquisa, o destaque é o relacionamento com clientes por redes sociais, apontado por 65% dos entrevistados, seguido por controles financeiros mais rígidos (39%) e venda por redes sociais (37%). Mas, em dezembro, 11% das empresas informaram que não adotaram mudanças na forma de operar seus negócios a partir da pandemia, enquanto em novembro eram 14% e em outubro, 7%.
A análise sobre a média de ocupação de pessoas mostra estabilidade ao longo de todo o período investigado. Entretanto, os sinais de melhora nos últimos meses, com aumento no percentual de empresas que sinalizavam crescimento nas contratações, voltaram a recuar e houve queda pelo segundo mês consecutivo, 11% em dezembro e 13% em novembro. Enquanto o percentual de empresas que estão reduzindo a ocupação aumentou em dezembro para 41% contra 33% em novembro.
A pesquisa avalia também as principais necessidades dos pequenos negócios e o capital de giro, apesar de permanecer como principal, teve redução dos percentuais em relação aos meses anteriores. Em junho, foi apontado como a principal necessidade para 66% dos entrevistados e em dezembro, caiu para 45%. Ao longo dos meses, outros temas ganharam destaque em razão da relevância na retomada das atividades e, nesta nova realidade, com foco em mercado e produtos. Nos últimos três meses, aumentou o percentual de empresas que citaram não precisar de apoio no momento, passando de 9% em outubro para 11% em novembro e 17% em dezembro.
Diante deste cenário, a busca por crédito está reduzindo ao longo dos últimos meses. Nesta sétima edição, 33% dos entrevistados buscaram crédito em dezembro, o menor percentual de todo o período analisado. No mês de agosto, o percentual de empresas que buscavam crédito chegou a 48%, o mais alto da série. A pesquisa Monitoramento dos Pequenos Negócios na Crise ouviu 3.506 empreendedores de junho a dezembro de 2020 por meio do método de coleta online, com nível de confiança de 95% e margem de erro de 4,4%.
Alguns resultados:
Comportamento do faturamento:
Junho: 74% caiu, 16%manteve-se inalterado, 10% aumentou
Julho: 76% caiu, 16% manteve-se inalterado, 8% aumentou
Agosto: 62% caiu, 26% manteve-se inalterado, 12% aumentou
Setembro: 55% caiu, 28% manteve-se inalterado, 17% aumentou
Outubro: 47% caiu, 30% manteve-se inalterado, 23% aumentou
Novembro: 48% caiu, 31% manteve-se inalterado, 21% aumentou
Dezembro: 51% caiu, 30% manteve-se inalterado, 10% aumentou
Pessoas ocupadas:
Junho: 60% diminuiu, 33% manteve-se inalterado, 7% aumentou
Julho: 65% diminuiu, 30% manteve-se inalterado, 5% aumentou
Agosto: 51% diminuiu, 41% manteve-se inalterado, 7% aumentou
Setembro: 45% diminuiu, 43% manteve-se inalterado, 12% aumentou
Outubro: 38% diminuiu, 46% manteve-se inalterado, 16% aumentou
Novembro: 33% diminuiu, 54% manteve-se inalterado, 13% aumentou
Dezembro: 41% diminuiu, 48% manteve-se inalterado, 11% aumentou
Busca por crédito:
Junho: 40%
Julho: 42%
Agosto 48%
Setembro: 42%
Outubro: 44%
Novembro: 34%
Dezembro: 33%
Em janeiro de 2021 será iniciado um novo projeto de pesquisa de monitoramento junto aos clientes do Sebrae RS.
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