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Fabiano Nichele
Gerência Setorial do Agronegócio
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Sabemos que o dia a dia de uma agroindústria começa pela busca de uma matéria-prima de qualidade, passa por um rigoroso processo de produção (queijos, geleias, massas, embutidos, minimamente processados e outros produtos), até chegar à rotulagem e embalagem. Nesse contexto consideramos a embalagem fundamental para realizar a conexão com o consumidor, que a leva em consideração para realizar a compra do produto, além de ser uma forma de divulgação e de identidade da marca.
Segundo uma pesquisa realizada pela Associação Brasileira de Embalagem (Abre), mais de 90% dos produtos não têm nenhuma campanha de marketing. Considerando que é por meio da embalagem que o consumidor toma contato com o produto e que 81% das decisões são tomadas no momento da compra, vê-se a importância de usá-la como forma de diferenciação. Ela própria faz a comunicação da marca com o consumidor, e existe aquela máxima de “quem nunca comprou um produto apenas pela embalagem?”
A embalagem se torna a principal responsável pela vida útil do produto, ou seja, o tempo de produção até o consumo, assim mantendo o produto com qualidade em termos nutricionais, sensoriais e microbiológicos.
No seu desenvolvimento precisamos observar aspectos referentes à produção e à legislação, pois apresentam as características técnicas e regulatórias do produto. Se isso não seja observado, pode trazer prejuízos, ocasionando até o recolhimento do produto pela fiscalização vigente.
Outro ponto de atenção que se deve ter é o transporte do produto, como será acondicionado, tanto na embalagem como no deslocamento até o local de comercialização, feiras, casa do produtor ou até mesmo lojas especializadas.
Precisamos estar atentos ao mercado consumidor de alimentos que busca os seguintes aspectos:
Desenvolvimento de embalagens inteligentes e ativas que garantam a apresentação dos produtos e preservem sua integridade.
A garantia de produção de alimentos seguros à saúde e à satisfação dos consumidores.
Produtos que identifiquem a matéria-prima, processo de produção, ponto de venda e consumidor final.
Atender os consumidores interessados na origem dos alimentos (características regionais e suas tradições).
Famílias cada vez menores buscam porções adequadas ao seu tamanho e com praticidade.
Preocupados com a saúde e o bem-estar, os consumidores buscam cada vez mais alimentos funcionais e atributos claros de saudabilidade.
Na busca pelo consumo prático, consumidores demandam o fortalecimento de canais de compra via internet, além dos demais canais tradicionais.
Assim, o Programa Juntos para Competir (Farsul / Senar / Sebrae RS) tem por objetivo e desafio profissionalizar as agroindústrias por meio do aperfeiçoamento dos processos gerenciais e da inovação tecnológica, primando pela melhoria constante da qualidade e pelo padrão dos produtos, e assim desenvolvendo novos canais de comercialização.
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