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Da Redação
Israel Salimen ganhou o primeiro computador aos 13 anos e resolveu aprender a programar sites. A partir dessa experiência, criou a primeira empresa, chamada Galeria Gospel. Era um site com fotos gospel. “Em um ano, estávamos em três cidades brasileiras: Belo Horizonte, João Pessoa e Guarapari”, lembra ele. Mas as tecnologias avançaram, o site ficou desatualizado e saiu do ar. Foi quando ele resolveu se mudar para Belo Horizonte para fazer um curso de economia, na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Lá, conheceu Ofli Guimarães, com quem trabalhou durante três anos na Solo Investimentos.
“A gente trabalhava todos os dias e era muito difícil de agradar todo mundo. Se a bolsa estava caindo, o investidor ficava insatisfeito. Se não estivesse ganhando nem perdendo, o investidor ficava brabo porque até a poupança rendia mais. Se estivesse ganhando, o investidor pensava que poderia estar ganhando ainda mais. Fiquei três anos nisso até que tive a ideia de criar algo que não fosse apenas ganhar dinheiro”, lembra ele.
Juntos, eles decidiram vender a Solo para uma gestora de investimentos de São Paulo. Observando os programas de fidelidade de pontos que existem no mercado, eles criaram a Mélius, que se baseia na ideia de e-commerce. “O modelo de negócio é simples. O usuário entra no nosso aplicativo, a gente envia ele para a loja. O ‘cara’ compra. A loja nos passa uma comissão e a gente divide essa comissão com o usuário, que está cadastrado no nosso aplicativo”, comenta ele.
No começo da Mélius, o cliente comprava e não voltava nem para buscar os benefícios. Quando faltavam dois meses para acabar o dinheiro de um investimento que receberam, eles descobriram um fundo de investimento no Chile. Israel e Ofli receberam R$ 80 mil e mudaram-se para lá. Aí as coisas começaram a dar certo.
Ele recorda que, lá no Chile, começaram a trabalhar com outros 300 empreendedores: “ficamos seis meses juntos. Fizemos muitos networks. No ano seguinte, fizemos R$ 30 milhões em vendas, foi aí que nosso negócio começou de verdade”.
Além disso, Israel também fez contato com outras empresas de cashback, através do LinkedIn: “eu mandei uma mensagem dizendo que estava construindo um negócio semelhante aqui no Brasil e seria muito importante aprender com os melhores.” Duas semanas depois, ele foi convidado para passar um tempo na empresa e disse que aprendeu muito mais do que aprenderia numa universidade.
Um dos exemplos desse aprendizado, e que ele tratou na palestra, foi sobre a Black Friday, que no Brasil gera cerca de 18 vezes mais vendas do que um dia normal. “Fizemos um pacote com 18 lojas e apenas uma não teve um bom resultado. A loja ficou insatisfeita e a gente devolveu o dinheiro para ela. Se o negócio não é ‘ganha, ganha e ganha’, não vai funcionar. Todo mundo envolvido no processo precisa estar feliz”, reforçou.
Israel se sente orgulhoso de ter uma das empresas com a maior reputação no Reclame Aqui. E complementa: “para ter uma ideia do que nós fizemos, temos uma atualização de status a cada dois segundos. O cashback já passou de R$ 65 milhões. No final de 2018, vamos devolver R$ 40 milhões. Esse ano, vamos gerar mais de R$ 2 bilhões em vendas”.
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