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Da Redação
Maior assertividade na hora da compra. É assim que tanto lojistas quanto clientes têm se focado quando o assunto é a aquisição de roupas, calçados e acessórios. A tendência é apontada pelo Sebrae RS na pesquisa “Consumidor Gaúcho De Moda: Perfil e Hábitos de Consumo 2021’’ e reflete alguns dos impactos que a pandemia de Covid-19 trouxe para este importante segmento do varejo. Entre desafios e oportunidades, o certo é que o público gaúcho consumidor de moda nunca antes esteve mais atento ao planejamento e à conveniência para dar um tiro certeiro na hora da compra.
Os dados da pesquisa não deixam dúvidas sobre o viés conservador e focado dos consumidores de moda no Rio Grande do Sul: 50,1% dos gaúchos decidem qual loja ir antes de sair para as compras de fato. Carro-chefe do comércio varejista, as chamadas lojas de Centro – responsáveis por 71,2% das vendas totais – recebem três em cada quatro clientes (75%) que já têm em mente o que comprar. ‘‘O contexto da pandemia fez com que a assertividade na hora da compra se tornasse um item ainda mais importante na tomada de decisão. Esse foco em objetividade e conveniência tem permitido que as empresas estejam mais próximas das demandas dos clientes e, assim, se mantenham competitivas’’, avalia o coordenador estadual de projetos de Moda e Varejo no Sebrae RS e responsável pela pesquisa, Fabiano Zortéa.
Seja pela tendência em evitar exposição ou mesmo pela redução no poder de consumo, o público gaúcho de moda sentiu os efeitos da pandemia. Ainda conforme a pesquisa, 63,7% das pessoas relataram terem diminuído o consumo de roupas, calçados e acessórios. A média de consumo do segmento, que indicava a compra de um item a cada três meses, saltou de um item a cada quatro meses. De acordo com o Sebrae RS o mercado de moda gaúcho congrega 173 mil empresas de indústria, varejo e serviços, sendo responsável por 7% dos empregos gerados no Rio Grande do Sul.
O foco em assertividade e conveniência foi responsável por um aumento dos negócios para a empresária Alia Farias, responsável pelas lojas Passo a Passo e Sportline, de Camaquã. Ela conta que o segmento de moda esportiva passou a figurar em destaque em sintonia com a demanda por conforto, uma vez que grande parte do público passou a ficar mais tempo em casa em virtude das restrições sociais. ‘‘Por ser versátil, leve, contemporânea e ainda assim ser moderna, a moda esportiva se destacou. As pessoas procuram roupas para ficarem mais à vontade em casa, assim como praticar algum esporte’’, relata. A empreendedora conta que, com a gradativa reabertura das lojas, a tendência pela procura dos itens tem se mantido firme. ‘‘Nos adequamos a esta nova realidade, com a compra mais certa conforme a demanda. Realmente posso dizer que vi oportunidade de comprar o produto certo para o cenário certo. Com isso minhas vendas aumentaram’’, comemora.
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