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Roger Scherer Klafke
Coordenador Estadual de Alimento e Bebidas do SEBRAE RS
Acredito que os acontecimentos envolvendo a paralisação dos caminhoneiros (em maio/junho deste ano) evidenciaram a dependência dos negócios em relação ao transporte rodoviário e, consecutivamente, aos combustíveis fósseis. E esse é um bom mote para voltarmos a falar sobre sustentabilidade, tema que na prática ainda é distante da maioria das micro e pequenas empresas de alimentos e bebidas. Para alguns empreendedores, a necessidade de as empresas manterem-se lucrativas e competitivas e a ideia de sustentabilidade são questões incompatíveis. Pesquisas mostram que a maioria dos executivos considera a sustentabilidade não uma oportunidade, mas um incômodo. Ultimamente, essas questões, que ficaram desalinhadas por muito tempo, parecem caminhar para a convergência por força principalmente dos consumidores.
Em mercados competitivos como o de alimentos e bebidas, buscar uma posição de vantagem em relação aos demais pode se tornar um fator-chave para o sucesso. Encontrar uma maneira de sofrer menos interferência dos concorrentes para colher melhores resultados tem sido a meta de muitos negócios. O termo “vantagem competitiva” foi cunhado por Michael Porter em 1985 para descrever como a escolha do ambiente competitivo ou a variedade de atividades desenvolvidas por uma organização desempenha papel fundamental na determinação de uma vantagem entre competidores. Sem dúvidas, a sustentabilidade pode ser uma das estratégias para se obter algum tipo de vantagem competitiva.
A questão central é como começar esse processo e que tipo de resultados ele pode gerar para o negócio. O aumento no custo dos insumos, impactando diretamente as finanças das empresas, tem se apresentado como um dos principais problemas na cadeia produtiva de alimentos e bebidas. Aprimorar a gestão de compras, recebimento, estocagem e manipulação dos alimentos, garantir melhorias na conservação dos produtos e buscar a redução drástica dos desperdícios podem ser um bom início no processo de busca pela sustentabilidade. Principalmente pelo potencial impacto financeiro que podem gerar e consequentemente pela melhoria nos fluxos e processos de trabalho.
Outras ações práticas que podem gerar vantagem competitiva e demais benefícios são a valorização de insumos regionais e a compra de produtos de fornecedores locais. Além de fortalecer relações na cadeia produtiva local, isso promove o desenvolvimento regional e ajuda a reduzir os custos de transporte e o impacto ambiental que este gera. Nos Estados Unidos, movimentos como o “farm-to-table” (do campo à mesa) e o “locavorismo” (adaptação do termo “locavorism” surgido nos EUA) pregam a valorização dos produtos locais e que o consumidor coma o que é produzido em um raio de até 150 km, garantindo assim o acesso a produtos mais frescos e saudáveis, beneficiando empreendedores e a economia local.
Além de todos esses aspectos abordados, outras ações simples como o uso de energias alternativas como a solar, o reaproveitamento de água da chuva e a reciclagem do lixo devem estar integradas na rotina e no planejamento das empresas, contribuindo com a sustentabilidade ambiental e com a tão sonhada vantagem em relação aos demais players do mercado.
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