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Darlan Geremia
Diretor Administrativo-Comercial da Rijeza Metalurgia
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É muito comum sermos solicitados a respeito de qual o melhor tipo de manutenção a ser realizada: Preventiva? Preditiva? Corretiva? É muito fácil cair na armadilha e escolhermos intuitivamente por uma preventiva ou preditiva. Esse mesmo fato ocorre também em outras áreas de atuação, mas vamos trabalhar esse tema do ponto de vista da gestão da manutenção.
O primeiro ponto que temos que avaliar é: qual é a função da gestão da manutenção? O que ela deve entregar, do ponto de vista do cliente e do fornecedor? A gestão da manutenção é uma atividade que tem como principal objetivo supervisionar os ativos da empresa para que eles garantam a melhor produtividade possível para a organização, com o mínimo de paradas possíveis, com a melhor utilização de recursos possível. Ou seja, os principais resultados a serem entregues estão relacionados a dois indicadores de desempenho:
Mede o quanto bem a empresa está utilizando os seus recursos e está associado a três variáveis: Disponibilidade dos Equipamentos, Performance e Qualidade.
São os custos totais envolvidos com a atividade de manutenção, desde a alocação de pessoas até reparos de equipamentos, passando por substituição de peças, manutenção de estoques de reposição, aquisição de ferramentas, etc.
Todas as atividades realizadas pelos profissionais da gestão da manutenção são orientadas para atender a esses dois objetivos. Claro que muitos outros podem ser estabelecidos, mas esses dois são os principais.
Esse entendimento é importantíssimo, porque a partir dele podemos ver que a escolha por manutenção preditiva, preventiva ou corretiva passa a ser meramente uma escolha estratégica. Realizar manutenção preditiva em um equipamento que não é crítico e não é gargalo para o processo pode não mudar em nada o indicador de OEE e ainda agregar custo. Em alguns casos, até mesmo a manutenção corretiva pode ser uma escolha inteligente (por exemplo, a substituição de uma peça de fácil acesso, de baixo custo em um equipamento que não é considerado crítico).,
A melhoria dos resultados está associada ao claro entendimento, por parte dos profissionais envolvidos, dos fatores que os impactam. Quando olhamos para o indicador de OEE é fácil perceber que em todos os casos o desgaste de peças (por abrasão, corrosão, erosão, cavitação, entre outros) é o fator preponderante. Já no que diz respeito aos custos, na minha opinião, a assertividade nas escolhas das estratégias a serem seguidas para a realização da manutenção é fator decisivo (claro que estamos falando de uma forma bastante genérica e resumida). Por exemplo, um rotor de uma bomba pode ser recuperado com um material mais simples (como um revestimento de aço inox) ou um material mais nobre (aplicação de revestimento de Stellite 6 ou carboneto de tungstênio). Em ambos os casos o equipamento vai funcionar, porém, em um deles o MTBF (Tempo médio entre falhas) vai ser maior ou menor e vai gerar impacto direto nos dois objetivos.
Não há dúvidas, a gestão da manutenção é cada vez mais uma atividade estratégica nas organizações e pode garantir a lucratividade e competitividade no mercado.
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