Loading SEBRAE

Mais buscados: Mei Credito SEI Boas Praticas CONSULTORIA

Loading SEBRAE

Alimentos e Bebidas

Tecnologia

Blockchain para alimentos e bebidas

atualizado em: 11/04/19
Roger Scherer Klafke

Roger Scherer Klafke

Coordenador Estadual de Alimento e Bebidas do SEBRAE RS

COMPARTILHE
Esta nova tecnologia pode ajudar as indústrias de alimentos e bebidas, principalmente nos processos de rastreabilidade dos produtos

Você já ouviu falar sobre blockchain? Até pouco tempo atrás eu só conseguia relacionar esta palavra ao “bitcoin” (considerado o primeiro blockchain que surgiu em 2008 como uma moeda digital). Segundo a IBM, que colabora com grandes empresas em projetos que utilizam a tecnologia, o mundo dos negócios pode estar prestes a mais uma grande mudança a partir da disseminação de seu uso. E há muitos benefícios também no uso do blockchain para alimentos e bebidas.

A IBM destaca que o blockchain é uma tecnologia que permite, através de técnicas criptográficas, agilizar transações complexas com base em pilares como o registro compartilhado das transações, o consenso para verificação das transações, um contrato que determina as regras de funcionamento das transações e, finalmente, a criptografia, que é o fundamento de tudo.

Benefícios do blockchain para alimentos e bebidas

Resumidamente, o blockchain é uma tecnologia de armazenamento e transmissão de informações descentralizada e transparente, contendo o registro de cada transação entre seus usuários desde o seu início. Esses dados são públicos e podem ser compartilhados por seus diferentes usuários sem intermediários, o que significa que qualquer um pode verificar a validade das informações. Esta nova tecnologia pode ajudar as indústrias de alimentos e bebidas, principalmente nos processos de rastreabilidade dos produtos, mostrando de forma ágil e transparente possíveis problemas em determinados elos da cadeia de produção.

blockchain para alimentos e bebidas

O Carrefour lançou o primeiro blockchain de alimentos da Europa, começando com os frangos. O rótulo dos produtos possui um QR Code que, quando escaneado, indica a localização da fazenda de procedência do animal, o nome do produtor e até mesmo o tipo de ração que foi utilizada para alimentar o frango. O Walmart não está atrás e montou um sistema blockchain em colaboração com a IBM para rastrear os produtos direto da sua origem no campo, até sua chegada às prateleiras das lojas. E na China, o gigante de e-commerce JD.com também usa blockchain para rastrear a produção e entrega de vários produtos. Já a empresa de auditoria e certificação Bureau Veritas lançou o Origin, uma solução de rastreabilidade de alimentos que também usa o blockchain como plataforma.

O movimento na direção do uso do blockchain é tão forte que grandes empresas vistas como concorrentes no mercado de alimentos e bebidas se uniram para definir os padrões necessários para compartilhamento de informações. Walmart, Kroger, Nestlé, Unilever, Tyson Foods e outras grandes empresas de alimentos se reuniram com a IBM para criar o Blockchain Food Trust. O objetivo do Food Trust é melhorar a capacidade das empresas em questões como rastrear surtos mais rapidamente, limitando o risco do cliente. O sistema permite capturar dados em tempo real em todos os pontos, em todos os produtos. Embora as marcas envolvidas possam ser concorrentes, neste caso estão trabalhando juntas para garantir a confiança dos consumidores. De acordo com a IBM, o sistema Food Trust já pode armazenar os dados de cerca de 1 milhão de itens, e o Walmart anunciou que já está pronto para usar blockchain para seu negócio de alimentos vivos. De olho em outros mercados, no final de 2017, Walmart, JD.com e IBM criaram a Blockchain Food Safety Alliance China.

Não são só as grandes corporações que estão de olho nesse mercado, startups estão surgindo com força nessa área, como a americana Ripe.io. A empresa está ajudando a cadeia de fast-food Sweetgreen a controlar a qualidade de produtos perecíveis, como os tomates. A britânica Provenance assinou uma parceria com a Soil Association, principal organização de certificação de produtos orgânicos no Reino Unido, garantindo o cumprimento das especificações de produção orgânicas e fornecendo aos consumidores informações sobre todo processo de produção.

Apesar da onda positiva, como toda nova tecnologia, o blockchain ainda possui limitações e desconfianças. A possibilidade de ser hackeado e o fato de que o blockchain supõe que os dados não podem ser falsificados uma vez no sistema não garantem que estão corretos na origem. Erros de entrada de dados e até fraudes podem ocorrer. Um consenso é de que esse tipo de tecnologia ainda não dispensa as inspeções em campo, realizadas por alguma organização independente, que some mais credibilidade ao processo. Mas o caminho parece realmente ser a adoção cada vez maior da tecnologia. Portanto, é bom ficara atento a ela.

COMPARTILHE
ESTE CONTEÚDO FOI ÚTIL PARA VOCÊ?

Notícias

22 de Novembro de 2024

Sebrae participa do lançamento da 4ª Edição do Open InnovationX em 2025

SAIBA MAIS

 

22 de Novembro de 2024

Santa Maria conclui capacitações para fortalecer micro e pequenas empresas locais com 196 participantes em 2024

SAIBA MAIS

Ouça o podcast do SEBRAE

Sebrae RS Podcast 14/11/2024 16:32

Plano de Voo estreia temporada de podcasts sobre a Mercopar

Sebrae RS Podcast 01/01/2024 15:00

Plano de Voo tem dicas para participar da Black Friday sem comprometer as finanças do negócio

Atendimento - Chat

Olá, tudo bem? Preencha os campos para iniciarmos o chat. ;)

Por favor, preencha o formulário abaixo e retornaremos seu contato assim que possível.

Início em: