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Andrei Carletto
Coordenador Estadual do Moveleiro do SEBRAE RS
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“O Brasil está repleto de designers talentosos que por anos colocaram o país no mapa do design moderno”. Assim escreveu o Design Milk, um dos sites de design mais importantes do mundo, ao estabelecer, em 2016, uma lista com dez designers de mobiliário brasileiros que o mundo precisa conhecer, aproveitando a realização das Olimpíadas no Rio de Janeiro naquele ano. Sinal inquestionável de que o design de mobiliário deixou de ser a cereja para ser o ingrediente mais saboroso do bolo.
O que significa que o empresário do setor não pode abrir mão de tornar seu negócio competitivo a partir das possibilidades oferecidas pelo design. Uma linha de produtos marcada pela originalidade, por produtos que se encaixam aos desejos do consumidor e que o fidelize pode tornar sua empresa uma referência dentro do setor mobiliário no mercado interno e no exterior.
É o design de mobiliário que permite a uma empresa, por exemplo, integrar o produto às demandas do mercado; uma vez identificado seu público-alvo, é pelo estilo do produto, suas características, conforto e ergonomia, funcionalidades e atribuições que o empresário consegue se aproximar de seus potenciais clientes e dialogar com eles, a ponto de convencê-los de que seu produto não encontra parâmetros no mercado.
Mas isso não acontece em um passe de mágica. Como em todo negócio, ser competitivo requer investimento e conhecimento do mercado. E em um segmento de concorrência acirrada, tanto nacional quanto internacional, o lucro não é imediato; é algo a ser considerado em prazos maiores, levando em conta, no entanto, que são passos firmes rumo à sustentabilidade do seu negócio.
Existem três tipos de projeto que estão na origem do design de produtos da indústria brasileira mobiliária:
Um deles é conhecido como projeto híbrido. Ele unifica os modelos diversos que surgem como tendência mundial e os transforma em uma ideia única, tomando como base peças encontradas em catálogos, revistas, em feiras e até na concorrência.
Outro se refere ao desenvolvimento de projeto próprio, quando a própria empresa se dedica a criar seus produtos. O método, bastante comum, traz consigo o risco da produção feita sem o conhecimento preliminar das necessidades do cliente e usuário, e com eventuais limitações relativas à matéria-prima e a soluções econômicas.
O terceiro e também bastante comum, por sua comodidade, é a compra e adaptação de projetos estrangeiros. Porém, tendo em vista o vasto campo a ser conquistado no Brasil pelo setor moveleiro, o mercado pede por produções próprias, o que permite a criação de peças inéditas e identificadas com a diversidade cultural do nosso país.
Ainda que seja crescente o número de empresas do segmento no país que já percebeu o potencial competitivo do design de mobiliário, a impressão que se tem é a de que estamos longe do ideal. É o especialista no assunto Augusto Crespi, analista de Serviços Técnicos e Tecnológicos no Instituto Senai de Tecnologia em Madeira e Mobiliário, que avalia o momento atual, ao constatar que um grande número de indústrias do setor é apenas “seguidora”. Essas empresas aguardam que uma concorrente acostumada a lançar tendências apresente um produto novo, e só então desenvolvem algo com um conceito parecido – não exatamente igual, mas com características em comum. Outras, observa ele, já buscam no design o diferencial que vai permitir a elas agregar mais valor aos seus produtos.
Quer um registro do poder competitivo do design no setor? Crespi exemplifica sua observação ao lembrar que uma determinada empresa de poltronas obtinha, com sua linha normal de produtos, semelhantes aos apresentados pela concorrência – modelos clássicos, como swan, eames, egg e wombs – uma margem de lucro que variava entre 5% e 10%. Ao decidir investir na contratação de designers e em poltronas exclusivas, imprimindo um conceito à sua marca, a margem de lucro saltou para cerca de 30%. Esses produtos passaram a vender tanto quanto as poltronas clássicas e impulsionaram os resultados da empresa, não apenas em visibilidade, mas também em retorno financeiro.
O Sebrae conta com orientações precisas e preciosas para o empreendedor do setor de móveis quanto à aplicação do design como instrumento competitivo, tanto no mercado interno quanto no exterior. Mas algumas práticas são fundamentais para que de fato o investimento em produtos específicos, com potencial para transformar sua marca em algo único, se transforme em um elemento que garanta sustentabilidade.
Pesquise tendências e observe o comportamento do público que deseja atingir. Uma linha inovadora e que cumpra os objetivos para as quais foi elaborada vai despertar a atenção do consumidor e dará condições a um negócio, mesmo pequeno, de competir no mercado.
Invista em pesquisa e trabalhe por produtos com design próprio, algo ainda não visto no setor.
É fundamental que o projeto de design esteja integrado à estratégia de mercado da empresa. Isso vai permitir que você explore ao máximo a qualidade dos produtos lançados e assim coloque seu negócio em posição de destaque em meio à concorrência.
Se os recursos não forem suficientes para a contratação de designers, consultorias na área de design podem ser extremamente úteis, auxiliando na criação de uma linha inovadora e atraente.
Saber se adaptar às exigências do mercado, que em muitos casos mudam diariamente, precisa estar no foco da sua estratégia de negócios. E isso depende da tomada de decisões internas levando-se em conta a competitividade do mercado no qual se está inserido.
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