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SEBRAE RS
Redação
No Recanto do Nonno, em Vespasiano Corrêa, existem opções que nunca podem faltar no cardápio. Entre os produtos caseiros, estão a polenta, o aipim frito e a fortaia, um tipo de “omelete” italiano – mas nunca chame esse prato de omelete perto de um italiano. O restaurante foi aberto em 15 de janeiro de 2016 com o singelo propósito de servir 25 pessoas nos feriados e fins de semana. Hoje, já chegou a atender 150 pessoas em apenas um dia, resultado que nem os mais otimistas poderiam prever.
Quando a família Simoni mudou-se de Caxias para o interior de Vespasiano Corrêa, em 2014, a pretensão era abrir um espaço que servisse apenas lanches caseiros. Durante uma reunião com empreendedores do projeto Turismo de Natureza no Vale do Taquari, na casa de Luís Carlos Nunes, sua esposa, Solange Simone Nunes, preparou uma de suas receitas caseiras e o pequeno público ficou surpreso com o sabor. Foi aí que o plano da lanchonete mudou e eles resolveram investir em um restaurante, aproveitando o talento culinário e as receitas de pratos típicos italianos feitos por ela. Não demorou muito para o restaurante se consolidar, sempre em parceria com Sebrae RS e a prefeitura municipal.
“A participação do Sebrae foi fundamental. Tínhamos apenas a ideia. Nem tijolos nós tínhamos para começar e a parceria deles fez toda a diferença”, enfatiza Nunes. Assim, a ideia foi amadurecendo. O empresário comenta que o Sebrae ajudou a lapidar a proposta, orientando como executar – inclusive financeiramente. “Ensinaram a levantar valores, fazer diagnóstico, propor estratégias, entre outros. Foi por intermédio do Sebrae que até uma arquiteta nós conseguimos. A organização nos deu apoio, consultoria e mantém até hoje o suporte para a manutenção do negócio”, ressalta Nunes.
Surgiu também a ideia de aproveitar os utensílios e materiais diversos que a nonna Adelina Simoni, viúva de Lino Simoni e avô da Solange, mantinha quando fazia as lidas no campo. O ferro de passar roupa com brasa, o toca-discos antigo, o telefone com apenas uma tecla e um Macintosh – primeiro modelo de computador pessoal lançado nos anos 70 -, a enxada, o martelo, o serrote, entre outros. Todos os utensílios passaram a fazer parte da decoração do lugar, compondo uma espécie de museu no próprio restaurante. Assim, preserva as raízes da colonização italiana e torna o lugar diferente.
Luís Carlos diz que o restaurante também serve café colonial, opções vegetarianas e adaptadas para atender outros públicos em datas específicas. Atualmente, o recanto recebe em sua maioria clientes de Porto Alegre, mas inclui turistas de Santa Catarina, Paraná, do Uruguai e até da Alemanha. “Abrimos nos fins de semana e feriados. Por aqui, passam muitos grupos: de rally, bike, motos e de caminhadas guiadas”, revela. O sucesso é tão grande que o restaurante, que abriu com capacidade para 65 lugares, será ampliado para 115, além de ajustar a acessibilidade, construir mais banheiros e aumentar a cozinha.
Para o futuro, o administrador já desenhou os próximos passos: “iniciamos reuniões com o Sebrae para usarmos o marketing digital com nossos públicos nas redes sociais. Apesar de termos uma decoração com objetos antigos, também queremos usar as ferramentas modernas para melhorar cada vez mais o nosso negócio”, projeta o empresário.
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