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Patrícia Palermo
Economista e Professora no curso de Relações Internacionais da ESPM Sul
Depois de mais de 20 anos de tratativas, foi assinado o acordo Mercosul-União Europeia. O acordo abre enormes possibilidades de negócios entre os dois blocos, que dispõem juntos de um contingente de 780 milhões de consumidores e é considerado o maior acordo de livre comércio até hoje assinado no mundo.
O acordo prevê o zeramento das tarifas de importação para cerca de 90% dos produtos transacionados, além de outras medidas de facilitação do comércio. Nesse contexto, os grandes beneficiados serão certamente os consumidores de ambos os lados do Atlântico, que terão à sua disposição uma maior variedade de produtos, de qualidade superior e com preços finais mais baixos.
Para as empresas brasileiras de setores que já gozam de vantagens competitivas, o acordo representa a ampliação de mercados com um potencial grande de geração de ganhos significativos, com reflexos sobre a economia nacional. Empresas que exportam, especialmente para mercados mais sofisticados como o europeu, tendem a ser mais produtivas, assimilam mais facilmente tecnologia, ofertam produtos de mais alta qualidade e remuneram melhor seus funcionários, além de serem menos sujeitas às flutuações econômicas, uma consequência direta da menor dependência do ciclo econômico de um único país.
Por outro lado, se as oportunidades são grandes, os riscos não são nem um pouco desprezíveis. O acordo abre o mercado brasileiros a produtos europeus, e, como lembra o economista-chefe da Fiergs, André Nunes de Nunes, “para uma economia fechada como a brasileira, isso vai exigir um enorme esforço”.

O Brasil conta com tarifas elevadas que acabam por limitar o acesso de produtores estrangeiros ao mercado nacional, tornando os produtos brasileiros artificialmente mais competitivos que estrangeiros no mercado local. Caindo as tarifas, os preços relativos mudam, favorecendo os importados e deixando explícito que precisamos melhorar a produtividade das empresas e da própria economia.
No âmbito das empresas, é fundamental melhorar processos, treinar pessoas e adotar novas tecnologias. Na economia, é fundamental avançar na agenda de reformas, investir pesado em infraestrutura e melhorar a qualidade da educação. Não são desafios fáceis, mas não são impossíveis. Demandam esforço privado e público, mas repercutem em ganhos que se espalham por toda a economia.
Depois de assinado, traduzido para todas as línguas dos países contemplados no acordo, bem como a aprovação pelos respectivos parlamentos, o zeramento das tarifas ocorre em 15 anos no máximo (vários produtos desgravam em prazo ainda menor). O tempo passa voando, e para quem, como nós, tem muito a fazer, não há tempo a perder.
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