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Pedro Brites Pascotini
Coordenador Estadual de Olivicultura e Grãos e sistemas integrados do SEBRAE RS
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Historicamente as terras baixas (várzeas) do Rio grande do Sul são exploradas com o plantio do arroz, onde são cultivados anualmente em torno de 1 milhão de hectares desse cereal. Tradicionalmente nessas áreas ocorre o monocultivo do arroz, ou seja, a exploração ano após ano com o cereal com períodos de pousio no inverno. Essa prática de produção tem se demostrado ineficiente, pois a cada ano que passa as áreas exploradas estão mais infestadas com plantas daninhas, ocasionando perda do potencial produtivo dessas lavouras pela competição entre plantas daninhas e a cultura cultivada. Além disso, observa-se a elevação do custo de produção.
Aliado aos fatores elencados acima, a classe arrozeira vem sendo impactada pelo baixo preço pago pelo produto, que em muitos casos está abaixo do custo de produção, tornando a atividade orizícola insustentável para uma grande parcela de produtores. Tudo isso tem trazido à luz os Sistemas Integrados de Produção Agropecuária (Sipa), ou coloquialmente chamados Integração Lavoura-Pecuária (ILP) em terras baixas, que são o planejamento de cultivos agrícolas intercalados com pastagens para exploração da pecuária no tempo e no espaço, visando ao melhor aproveitamento das áreas e o sinergismo das fases agrícolas e pecuária para aumentar a rentabilidade do negócio e diminuir os riscos.
O grande interesse na ILP em terras baixas pôde ser visto no dia 31 de janeiro de 2018, na Fazenda Corticeiras, no município de Cristal, onde ocorreu o VII Dia de Campo Sipa em Terras Baixas, coordenado pela parceria formada pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), o Instituto Rio-Grandense do Arroz (Irga), a Integrar – Gestão e Inovação Agropecuária e o Serviço de Inteligência em Agronegócios (SIA). O evento contou com cerca de 500 pessoas interessadas no tema que foram até Cristal para ver os resultados alcançados, tirar dúvidas e quebrar paradigmas.
Frente aos resultados já alcançados em experimentos, como o caso de Cristal, mas também resultados expressivos em escala de propriedade e as dificuldades que passam os arrozeiros atualmente, a ILP se mostra como o caminho certo a seguir. Porém, como diz o professor da UFRGS Paulo Carvalho, “…há de se reconhecer que os sistemas de produção se tornam mais complexos, com diminuição de controle que exercemos via insumos, pois, de fato, a natureza é complexa. A complexidade gera incompreensão e insegurança, cuja reação é a simplificação e o controle (agricultura contemporânea). Estaríamos preparados para inverter o sentido das nossas intervenções e voltar a conviver com o complexo?”
Em um primeiro momento talvez não, mas o atual momento da atividade arrozeira vem demonstrando a necessidade de mudança no modelo produtivo, assim uma saída viável é realizar uma migração gradativa para o pensamento em sistema produtivo, não mais atividades isoladas, planejando e testando as tecnologias disponíveis para encontrar o melhor modelo de ILP para cada propriedade, buscando redução de custos sem prejuízo à produtividade e assim chegando a um maior retorno econômico do sistema como um todo.
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