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Roger Scherer Klafke
Coordenador Estadual de Alimento e Bebidas do SEBRAE RS
O que o pequeno produtor rural, as micro e pequenas agroindústrias e indústrias de alimentos e bebidas precisam saber para estarem alinhados as tendências de consumo e para pensar em produtos que solucionem os problemas dos novos consumidores?
O Brasil é uma grande potência do agronegócio e existem muitas oportunidades quando olhamos para a cadeia produtiva de alimentos e bebidas. Em estudo divulgado pela Embrapa em março, observa-se que a participação do Brasil no mercado mundial de alimentos saltou de 20,6 bilhões para 100 bilhões de dólares nos últimos dez anos, com destaque para carne, soja, milho, algodão e produtos florestais. O estado do Rio Grande do Sul contribui muito com esse número, principalmente quando olhamos para a produção de soja e carne.
Neste mercado onde os números são grandes e as principais empresas são gigantes, os pequenos podem encontrar espaço invertendo a lógica do fluxo do mercado que opera principalmente olhando do campo até a mesa. Desta forma é possível primeiro observar com atenção o prato do consumidor para a partir do “gosto do freguês”, entregar produtos mais conectados aos novos hábitos de consumo. Agregar valor aos alimentos e bebidas é uma oportunidade para os pequenos, principalmente porque produzir em grande quantidade e competir por preço, em um mercado dominado pelos grandes (com boa estrutura, domínio de tecnologia e recursos), pode não ser viável para os menores.
A agregação de valor para os pequenos refere-se à utilização de técnicas, receitas e formas de preparo únicas, utilização de insumos regionais, embalagens criativas e o uso de certificações, IGs ou marcas que destacam a procedência. Desta forma pode ser possível atingir maior valor de venda nos produtos. Cada empreendedor deve realizar a análise do seu negócio, da cadeia produtiva em que atua, dos resultados obtidos e das tendências de consumo para identificar oportunidades e realizar correções de rota. Pequenas empresas que atuam em mercados tradicionais, também podem inovar e desenvolver produtos mais aderentes as demandas do mercado. Existem muitos casos de sucesso de pequenas empresas que estão investindo na estratégia de agregação de valor como a INOVAMATE (www.inovamate.com.br empresa de chás, a partir da Erva Mate) que fechou uma parceria com a Tetrapack (gigante do setor de embalagens) e a ECOBIO (www.ecobiosaude.com.br empresa de grãos certificada orgânica) que abriu mercado em grandes redes varejistas. Estes exemplos, mostram que este tipo de esforço gera resultados.
Consulte a cartilha de orientação para a produção de alimentos e bebidas premium (https://estado.rs.gov.br/upload/arquivos//guia-produtos-premium-sict-2021.pdf ) , e se a opção da empresa for por investir na estratégia de agregação de valor, o empreendedor deve estar atento a algumas etapas importantes para adaptar, aprimorar ou desenvolver produtos com valor agregado, como:
– Realizar um diagnóstico do negócio atual e das possibilidades futuras.
– Avaliar as tendências de consumo, mercado e informações sobre o futuro dos alimentos.
– Avaliar ideias de produtos, realizar testes com novos insumos, testar tecnologias, pensar em novas formas embalagem e criar protótipos dos produtos.
– Analisar o mercado, fazer degustações e testes com consumidores e compradores.
– Avaliar a viabilidade técnica, econômica e financeira do projeto, bem como o preço de venda.
– Pensar no posicionamento da empresa, do produto, nas estratégias de vendas, no plano de marketing, nos canais de venda e no lançamento do produto.
Junto a isso, o ponto central é a mudança de mentalidade que pode modificar a estratégia de atuação e abrir novos mercados. Sensibilizar e engajar as pessoas envolvidas no negócio, que podem não compreender o novo posicionamento e que muitas vezes travam o processo de mudança é sempre um grande desafio.
Produtos regionais, produtos locais, produtos que reforçam a imunidade, produtos saudáveis, produtos artesanais, produtos sem conservantes químicos, produtos veganos, produtos com poucos ingredientes e ingredientes conhecidos, produtos orgânicos, produtos com procedência (IGs e IPs) e produtos para consumidores com restrições alimentares (sem glutem, lactose, sódio, açúcar, etc…) são tendências amplamente conhecidas no mercado de alimentos e bebidas, mas o principal desafio é, apesar das barreiras, colocar em prática a estratégia de agregação de valor.
Procure o Sebrae RS e conheça os projetos que são desenvolvidos para ajudar as micro e pequenas empresas a desenvolverem o seu potencial empreendedor, valorizando os alimentos e bebidas produzidos no Rio Grande do Sul.
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